A manutenção da Capela de São Sebastião, conhecida como a Igrejinha do Navio, no distrito do Guará, está sob a responsabilidade das famílias que retornaram à área há cerca de uma semana. A capela faz parte da Paróquia Santos Anjos em Guarapuava, responsável por essa informação.
De acordo com Rodrigo Athayde, um dos acampados no local, toda estrutura será preservada e as famílias se comprometem a não causar nenhum dano. Rodrigo entende que se trata também de uma reintegração de posse até para a Igreja. “Estamos protegendo a Igreja para evitar o absurdo que aconteceu em Pinhão, onde derrubaram uma igreja”. A Igreja Nossa Senhora de Fátima, construída há mais de 20 anos, foi derrubada horas depois que a Justiça cumpriu um mandado de reintegração
garantido pela força policial do Estado. Além da Capela o posto de saúde, salão comunitário e casas de 22 famílias foram destruídas pela madeireira Zattar.
A coordenadora da comunidade, Tatiele de Oliveira Ribeiro disse que as famílias acampadas pretendem ficar provisoriamente no local, e que enquanto lá estiverem o local será muito bem cuidado. “De forma alguma vamos destruir o local. O que pode acontecer é ajudarmos a revitalizar e zelar”.
O acampamento dos sem terra já está com 98 famílias. A estrutura do galpão está servindo de refeitório e abrigo e o terreno da capela está sendo usado para construção de barracas. O espaço da Igreja não será usado de modo definitivo. Eles estão se organizando para construir uma agrovila e começar a plantar alimentos no local. .Ainda segundo Rodrigo, o local está sendo protegido pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).