Guarapuava – Mais uma vez o prefeito Fernando Ribas Carli (PP) demonstrou o poder que vem exercendo sobre a maioria dos vereadores de Guarapuava.
Um decreto legislativo assinado pelo peemedebista Admir Strechar surpreendeu a bancada de oposição composta pelos vereadores Antenor Gomes de Lima (PT), Eva Schran (PHS), Nélio Gomes da Costa (PSDB) e Thiago Cordova (PPS).
A matéria pedia a aprovação das contas do prefeito Fernando nos exercicios financeiros de 2006/07. As mesmas contas que haviam sido rejeitadas pela Câmara em 2009 quando a maioria dos vereadores pertencia ao bloco oposicionista. A rejeição teve como base o parecer da Comissão de Finanças e Orçamento, presidida por João Napoleão, até então uns dos desafetos de Carli, a partir de paracer emitido pelo Ministério Público.
Em novembro do ano passado quando Carli reverteu a situação na Câmara e os vereadores Admir Strechar (PMDB), João Napoleão (PSDB), Gilson Amaral (DEM) e Sadi Federle (PSB) passaram para a bancada de situação, uma das primeiras iniciativas de Carli foi fazer os quatro dissidentes e agora "companheiros" desfazerem o que tinham feito anteriormente. A maioria anulou a desaprovação das contas "carlistas" sob o discurso de João Napoleão que insistia em dizer que "estava sendo humilde e reconhecendo um erro".
Mas o que surpreendeu o bloco opicionista na sessão desta segunda-feira (29), já que a aprovação das contas era uma "bola que vinha sendo cantada" desde a anulação da rejeição, foi que, embora não houvesse nenhum projeto de lei na Ordem do Dia da sessão de hoje, o decreto legislativo entra e o pepista Fernando Alberto dos Santos, o Fernando da Maçã, pede a dispensa dos prazos regimentais e o decreto é aprovado por 5 votos contra 4.
A bancada "carlista" estava desfalcada com a ausência dos vereadores Elcio Melhem, Maria José Mandu Ribas e Gilson Amaral.
De acordo com Eva Schran o bloco de oposição se surpreendeu com a urgência na votação desse decreto, e também a falta de informações sobre o saneamento das irregularidades apontadas anteriormente, entre as quais, pedidos de empréstimos sem a prévia autorização da Câmara.