Símbolo da “eficiência” da Era Carli “está condenado”

Guarapuava – O secretário Pablo Almeida (Esportes) afirmava, na terça-feira (30), antes de saber que a interdição iria continuar, que estava tudo pronto para as reformas do Joaquinzão. Primeiro seria colocado um piso em madeira emborrachada, num área total de 900 metros quadrados, negociado em permuta com a empresa Pisos Sul (em troca de publicidade na quadra e na mídia).
Mas essa não seria a reforma definitiva: até junho, a Prefeitura colocaria um material definitivo, com emborrachado de poliuretano, cujo valor o secretário de Esportes garantiu desconhecer. Especulações entre atletas que frequentam o Joaquinzão, porém, apontam para um gasto de R$ 145 mil.
As declarações do secretário de Esportes, entretanto, conflitam com informações repassadas pelo secretário de Obras, Francisco José Silvério (Chiquinho), na edição desta quarta-feira (31) do jornal “Diário de Guarapuava”. Ele revela que o piso será bancado pela Prefeitura a um custo de R$ 120 mil.
O Joaquinzão foi reformado há menos de 4 anos. Segundo as informações, só o assoalho custou entre R$ 120 mil e R$ 170 mil. O valor total da reforma, que nunca foi detalhado pelo prefeito Fernando Ribas Carli, e também não foi cobrado pela Câmara de Vereadores, teria ultrapassado a cifra dos R$ 300 mil.
No dia 7 de março, durante uma partida válida pela “Copa 200 Anos”, Robson deu um carrinho e foi atingido na coxa por uma lasca pontiaguda de madeira que se rompeu do piso, perfurando a virilha e o intestino do jogador. Ele morreu no hospital após uma intensa hemorragia. 
Chiquinho afirmou que o assoalho, mesmo tendo custado uma fortuna, “está condenado”.