A morte de Cony deixa uma lacuna no jornalismo e na literatura nacional. Ele iniciou sua atividade profissional em 1950, e teve uma atuação nos principais jornais e revistas do país. Ele era considerado também um dos maiores escritores brasileiros. Ganhou diversos prêmios e, desde 2000, era membro da Academia Brasileira de Letras (ABL).
É autor de 17 romances, como “O ventre” (1958), “A verdade de cada dia”, “Tijolo de segurança” e “Pilatos” (1973), uma de suas obras-primas. Depois deste último, passou mais de 20 anos sem publicar nenhum outro romance, quando lançou “Quase memória” (1995). A obra, que vendeu mais 400 mil exemplares, rendeu o Prêmio Jabuti, assim como “A casa do poeta trágico” (1996).
Cony também escreveu coletâneas de crônicas, volumes de contos, ensaios biográficos, obras infantojuvenis, adaptações e criou novelas para a TV. Foi comentarista de rádio, função que exerceu até o fim da vida, na CBN.
O presidente da ABL, Marco Lucchesi, determinou três dias luto. O presidente Michel Temer, entre outras autoridades, também lamentou a morte do jornalista e escritor, definido pelo presidente como um dos mais cultos e preparados pensadores nacionais