A matéria do portal RSN do dia 20 de janeiro, que informa que presos do Centro de Regime Semiaberto de Guarapuava (CRAG) irão trabalhar em escolas estaduais da cidade, gerou grande polêmica na cidade. (LEIA MAIS AQUI SOBRE O CASO)
O programa Mãos Limpas, lançado pelo Governo do Paraná há cinco anos permitirá que presos do Semiaberto trabalhem na limpeza e manutenção de escolas em Guarapuava. O programa também beneficia outras cidades paranaenses. Guarapuava será a quinta cidade a aderir ao projeto no Paraná.
Porém, pessoas contrárias à iniciativa, lançaram um abaixo assinado on line, que será endereçado ao Núcleo Regional de Educação, para que os presos não trabalhem em escolas de Guarapuava. De acordo com Sandro Silva, criador do abaixo assinado “Somos contra o Mãos Limpas em Guarapuava”, “há vários outros lugares mais urgentes e com carência de trabalhadores onde eles podem atuar”. Na carta de apresentação do abaixo assinado, ele afirma que “o projeto Mãos Limpas coloca presos do semiaberto para trabalhar em escolas públicas. Nós, pais e cidadãos que assinamos este documento somos contra este projeto em Guarapuava por vários motivos, o primeiro e mais óbvio é a segurança das nossas crianças, mas também, devido a incompetência atual da segurança pública e a falência do sistema carcerário. Encontramos vários casos de presos do semiaberto que estão foragidos e não concordamos com o risco que estão colocando nossos filhos. Além disso, Guarapuava tem uma alta taxa de desemprego, vagas para limpeza e manutenção de escolas deviam ser destinadas a pessoas que precisam sustentar suas famílias e nunca cometeram um crime por isso”. Veja AQUI o link do abaixo assinado.
A expectativa é de que os presos comecem a trabalhar nas escolas a partir de fevereiro. A meta do abaixo assinado é coletar 100 assinaturas. Porém, em 24 horas, 40 pessoas já se manifestaram contrários ao programa em Guarapuava.
Os presos terão direito a R$ 702 por mês, cujo valor será destinado às respectivas famílias, além da progressão da pena, ou seja, cada três dias trabalhados um dia da pena será reduzido.
A escolha de quem vai participar do programa caberá à equipe de segurança do semiaberto considerando crime pelo qual o preso foi condenado. O comportamento no período do cumprimento da pena também pesará no processo de escolha, com o aval do Poder Judiciário.
Para o chefe do NRE, professor Douglas Pires, o programa também promove a reinserção social dos condenados. “É a valorização dessas pessoas, que devem ter uma segunda oportunidade na vida”.