Mesmo tendo sido condenado pelo Tribunal Regional Federal (TRF4), após mais de nove horas de julgamento nessa quarta feira (24) em Porto Alegre, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva continuará sendo pré candidato à reeleição em 2018. O anúncio foi feito pela executiva nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) nesta quinta (25) em São Paulo.
O Plano L como está sendo chamado foi criado pelo líder sem terra Gilmar Mauro durante a manifestação na Praça da República, em São Paulo, logo após o final da sessão que confirmou a sentença de Lula e majorou a pena de 9,6 para 12,1 anos de prisão.
Na reunião ampliada que ainda está acontecendo (15h50) na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em São Paulo, ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad convocou os militantes das diversas regiões do Brasil e dos movimentos feminista, negro e LGBT a ajudar na elaboração de um projeto de governo. Segundo Haddad, Lula fará caravanas temáticas a partir do final de fevereiro, começando pelo Sul do Brasil, para debater temas como Educação, Saúde, Desenvolvimento Nacional e Regional, Soberania Nacional, entre outros, com diferentes grupos.
Para Márcio Pochman, economista, professor da Unicamp e presidente da Fundação Perseu Abramo, as caravanas são as maiores movimentações das massas na história recente do Brasil, e “eles não podem pensar que vão acabar com isso”.
Segundo nota assinada pela presidenta do PT nacional, a senadora Gleisi Hoffmann, ainda ontem, quarta, o dia 24 janeiro “marca o início de mais uma jornada do povo brasileiro em defesa da Democracia”. A cúpula petista entendeu que o houve uma “farsa judicial” e que os votos dos três desembargadores foram combinados.
“Não vamos aceitar passivamente que a democracia e a vontade da maioria sejam mais uma vez desrespeitadas. Vamos lutar em defesa da democracia em todas as instâncias, na Justiça e principalmente nas ruas”, assinou Gleisi. E foi além: “Vamos confirmar a candidatura de Lula na convenção partidária e registrá-la em 15 de agosto, seguindo rigorosamente o que assegura a Legislação eleitoral”.
No seu pronunciamento em São Paulo, Lula confirmou que agora sairá pelo Brasil e que será candidato à presidência. “O que eu posso oferecer a todos vocês é a minha inocência. Eu não estou querendo ser candidato para me proteger. Não aceito a pré-candidatura por isso. A minha proteção é a minha inocência, e se for para ser candidato é para governar”, afirmou.