22/08/2023
Esportes

Patinha volta aos treinos e pensa na Seleção Brasileira

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Guarapuava – A jogadora guarapuavana Rafaela Patinha (foto) retornou aos treinos em São Paulo no começo da semana, após passar uma semana em Guarapuava. Ao vir a sua cidade natal, a atleta trouxe na bagagem o título do Sul-Americano sub-20 de futebol, conquistado na Colômbia e que valeu a Seleção uma vaga no Mundial da categoria, que acontece na Alemanha em agosto.

Patinha passará sua segunda temporada consecutiva na cidade paulista de Araraquara, onde defende a Ferroviária no futebol e o Tradição no futsal – ambos os times disputam competições estaduais e nacionais em 2010. A jogadora, de 19 anos, passará a atuar no futebol da cidade a pedido do técnico da Seleção Brasileira, Marcos Gaspar – Patinha vinha atuando apenas no futsal até o ano passado.

“Vim do salão e sei que ainda preciso melhorar em alguns aspectos como o domínio de bola e finalização”, reconhece. Em Araraquara, a jogadora enfrenta uma jornada de treinos que chega, em alguns dias da semana, a ser tripla com trabalhos em uma academia pela manhã, treinos no campo à tarde e na quadra a noite. Os jogos normalmente acontecem às quartas-feiras, sábados e domingo. Apesar da agenda cheia, Patinha garante que consegue conciliar as partidas, já que os jogos ocorrem em horários distintos.

Ela elogia a estrutura encontrada no Estado de São Paulo. “Aqui existem várias competições durante o ano todo, inclusive a nível nacional. As partidas também acontecem com mais freqüência e não apenas nos finais de semana”, destaca, comentando a dificuldade encontrada pelo futsal e futebol feminino no Paraná. “Aqui existem poucos times. Prova disso é que o Campeonato Paranaense [adulto] deve voltar a ser disputado em fases de finais de semana”, lamenta.

Seleção Brasileira
Após participar do título Sul-Americano, conquistando seu espaço no time nacional, Patinha espera agora se firmar entre as titulares. “Participei do Mundial sub-17 em 2008 e joguei apenas 20 minutos. Já este ano, entre em cinco das sete partidas da equipe, sempre jogando pelo menos vinte minutos. Fiquei satisfeita com meu desempenho, mas pretendo trabalhar ainda mais para conseguir uma vaga no time titular”, projeta.

Após ficar dois meses e meio concentrada para a disputa do Sul-Americano, a jogadora considera que esses períodos de treinamento serão essenciais para que o Brasil desempenhe um bom papel no Mundial – após a convocação em maio a Seleção passará três semanas em concentração e depois se reapresenta no final de junho, embarcando para a Alemanha em agosto.

“Esse período será importante para encaixarmos as peças”, analisa. Com relação às adversárias, ela aponta as mais perigosas. “Em alguns países como Alemanha e Inglaterra existem ligas nacionais bastante disputadas. As jogadoras desses locais também são bastante fortes fisicamente”, observa.

De qualquer forma, Patinha espera trazer o título e ficar na história da Seleção Brasileira com o apelido herdado do pai – o ex-jogador e técnico Dirceu Pato – e assumido oficialmente no Sul-Americano, já que na competição o nome da jogadora presente na parte de trás do uniforme era “Patinha”. “O apelido acabou pegando. Todos conhecem a história do meu pai e resolvi levar o nome para a Seleção. É importante, pois é uma referência a mais”, encerra.

Cleyton Lutz – Rede Sul de Notícias

Foto: divulgação

Cristina Esteche

Jornalista

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