*Nota: matéria retificada às 15h15. Inicialmente, a Prefeitura de Guarapuava divulgou a informação de que a taxa de mortalidade havia caído quase 8%. Mas, a comunicação retificou que, na verdade, a redução é de 41%.
Em cinco anos, a Secretaria Municipal de Guarapuava reduziu em 41% a taxa de óbitos infantis. Estes resultados foram obtidos por meio de um conjunto de ações criado pela Secretaria, que envolvem as equipes da Atenção Primária, localizadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade, oferecendo um primeiro atendimento às gestantes.
De acordo com dados divulgados pela assessoria de imprensa da prefeitura, em 2012, a taxa de óbitos era de 19,38 a cada mil nascidos vivos. Cinco anos depois, em 2017, essa taxa caiu para 11,43 a cada mil.
Segundo a diretora da Atenção Primária, Kelli Tramontina Edling, o Plano de Ação tem como objetivo identificar os fatores de risco para a mortalidade materna e infantil e, em seguida, aplicar estratégias que reduzam ou cessem esses fatores.
“Toda a equipe da atenção primária participa, médicos, enfermeiros, equipe do NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família), agentes comunitários, fisioterapeutas, psicólogos e dentistas. O atendimento à gestante é realizado por todos esses profissionais e precisamos da participação de cada um”, esclareceu Kelli.
Entre as ações desenvolvidas estão estudos de casos, acompanhamento da rotina dos médicos e enfermeiros que trabalham com as gestações de risco, troca de experiências, e atividades práticas desenvolvidas na Clínica da Mulher. Kelli explicou que os enfermeiros vão realizar o atendimento do Programa Mamãe Guará, visitando os hospitais e fazendo a mesma rotina do programa, enquanto os médicos vão realizar atendimento junto com os obstetras da clínica.
“O objetivo é fazer com que haja um matriciamento, ou seja, nivelamento no modo como é realizado o atendimento. Tudo isso para capacitar e fortalecer a atenção primaria para esse atendimento do pré-natal”, completou.
A secretaria municipal de saúde, Renata Araújo Brito, justificou que os investimentos neste sentido são primordiais para conhecer o máximo possível da paciente para prestar o atendimento que ela precisa.
“É fundamental que essa porta de entrada para a gestante ofereça cada vez mais um atendimento humanizado e de excelência”.
O projeto de matriciamento iniciou em fevereiro e segue até o final do ano. Os encontros são realizados em meio período e a cada dois meses para cada grupo. Os médicos que participam do projeto atendem a demandas agendadas, ou seja, o atendimento não será afetado.
“Melhorar o atendimento da atenção primária é melhorar a relação do sistema de saúde com a mulher durante a gestação”, finalizou a secretária de Saúde.
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