Há cerca de 15 dias para o prazo final das desincompatibilizações de quem vai concorrer a outro cargo eletivo neste ano, a decisão do prefeito Cesar Silvestri Filho (PPS) ainda é uma incógnita. Pré-candidato ao Governo do Paraná e com 3% das intenções de votos em muitas pesquisas já divulgadas, o prefeito até então vinha se mantendo firme na decisão de ampliar a sua participação no cenário político do Paraná. Entretanto, nos últimos dias, a procura de outras siglas partidárias pode mudar o rumo do político guarapuavano.
“Tenho sido procurado por alguns partidos que estão oferecendo a vaga de vice”, disse o prefeito ao portal RSN, preferindo, por enquanto, não revelar quais partidos são. Qualquer decisão que seja tomada por Cesar Filho terá o aval da cúpula do PPS no Estado. Sem se manifestar de forma decisiva, o prefeito de Guarapuava disse que segue conversando, mas tem à frente o desejo de manter a pré-candidatura ao Governo. Ele é o quarto nome no ranking da sucessão no Palácio Iguaçu. A vice-governadora Cida Borghetti, o ex-senador Osmar Dias e o deputado estadual Ratinho Júnior também vem trabalhando com o mesmo propósito.
Com poucos minutos de tempo na televisão e apenas com um deputado federal, Rubens Bueno, portanto, com fundo partidário limitado, Cesar Filho tem estes itens como o maior entrave para a viabilização de uma candidatura majoritária.
Caso a pré-candidatura ou uma possível composição numa chapa como vice – condição que, por enquanto, não desperta o seu desejo, a outra opção de Cesar Filho será a de terminar o segundo mandato como prefeito e trabalhar a para a eleição da deputada Cristina Silvestri, sua mãe, à Câmara Federal.
Assim como Cesar Filho, o governador Beto Richa (PSDB) também não revela qual será o seu futuro político. Ele adiou para a próxima segunda feira (26) o anúncio se vai ou não renunciar ao mandato para se candidatar a uma das duas vagas reservadas ao Paraná no Senado Federal.
O grupo do ministro da Saúde Ricardo Barros, porém, dá como certa a saída de Richa, abrindo espaço para que a sua esposa, a vice Cida Borghetti sente na cadeira principal do Palácio Iguaçu. Ela é pré-candidata ao Governo.
Um ponto que corrobora para a desincompatibilização de Richa até o próximo dia 07, quando termina o prazo para isso, é que a sua permanência no Governo inviabiliza as candidaturas do filho Marcelo como deputado estadual e do irmão Richa Filho à Câmara Federal pelo impeditivo de parentesco. Outro ponto favorável à saída é que a eleição de Beto Richa ao Senado é tida como certa.
Agora a dúvida fica sobre quem será o escolhido de Beto Richa para ter o seu apoio. Tanto Ratinho Junior quanto Cida Borghetti são da base governista, assim como Cesar Filho – caso mantenha a pré-candidatura. Uma saída estratégica para o governador seria se manter na neutralidade.