22/08/2023

Publicitário comenta prostesto no dia 7 de maio

Da redação –  Sobre o protesto que está sendo organizado para lembrar um ano do acidente provocado pelo ex-deputado Fernando Carli Filho e que matou os jovens Gilmar Rafael Yared e Carlos Murilo de Almeida, o publicitário Constantino Kotzias mandou o seguinte texto:

"Leio no site nota que fala sobre o protesto do dia 7 de Maio, em relação ao ex-deputado Fernando Carli Filho, pelas mortes dos dois adolescentes em Curitiba, naquele trágico acidente, famoso em todo o Brasil e que destacou negativamente a cidade de Guarapuava e as famílias envolvidas.
O protesto é uma iniciativa válida, pois vivemos numa democracia.
Claro que existe um lado que protesta e outro que não gosta, mas assim tem que ser para haver o protesto.
Mas, lá vou eu de novo, me parece que junto com o protesto está na hora de pais, jovens ou adultos, adotarem posições diferentes nas educações de filhos. Caso isto ocorra, dificilmente teremos protestos num futuro distante.
Ao mesmo tempo em que vemos a fatalidade acompanhar pessoas pelo mundo afora, se fizermos um levantamento de uma série de fatos que cercam estas pessoas, veremos que, na maioria, problemas de educação se fazem presentes. Melhor dizendo, falta de educação.
E nesta liberalidade que vive o mundo nos dias de hoje, um velho e bom puxão de orelha não mata ninguém e nem traumatiza filhos.
Além do mais, a educação moderna aconselha muito papo, muita conversa, desde que os pais encontrem com os filhos para isso, ou invadam o “mundo” que é o quarto de cada um.
De uns tempos para cá, pais só servem para pagar micos, colégios, festas, tênis, tardes em shoppings e assinar comunicados dos colégios. Além de garantir alimento e sustento.
De resto, são metidos, enchem o saco, palpiteiam, não entendem os jovens, que também de uns tempos para cá, são sabedores de tudo e não precisam de palpites, orientações, dicas.
Na verdade, jovens de hoje deveriam saber mais que nós, pois nós não tivemos internet, celular, torpedos, skypes, palm-tops e o diabo a quatro. Enquanto brincávamos de bolinha de gude, Forte Apache, Autorama e jogar bola no terreno baldio, eles se ligam com o mundo na velocidade maior que nossos Chevettes de antigamente.
E nós, ao completar 18 anos, dirigíamos um Fusca, um Chevette, uma Brasília, ou algo que não passasse de 120 e não tivesse o torque que os carros deles, jovens, têm hoje.
É um perigo, mas vemos jovens dirigindo Pólos, Golfs, Audis e outros carros que começam com motores 2.0 e torque de carro de corrida.
Preparo eles não têm para isso, mas dirigem. Ou ao menos, dizem que dirigem.
Pais devem sentar e educar filhos, desenterrando o famoso Não, o famoso castigo (suave, antes que me matem), o famoso última palavra.
Filhos devem saber que somos mais preparados que eles e temos muito a ensinar, dentre tantas coisas que eles precisam aprender.
Se assim for, dificilmente teremos acidentes, protestos ou tragédias envolvendo filhos, pois somos nós os culpados pela direção que eles estão tomando.
Pulso firme e princípios não faz mal a ninguém.
Aliás, só ajuda.
E cara feia de filho, pra nós não serve.
Para nós, eles sempre serão lindos, bonitos, perfeitos e, às vezes, educados.
Mas só quis meter o bedelho para dar um palpite: educar filhos pode ser mais gratificante do que gastar com advogados no futuro, médicos, viagens ou o que seja para salvar o filho depois do erro cometido.
O Protesto é válido. Mas que não tenha fins políticos, mas sim só sociais.
Acho que é isso".

 

Cristina Esteche

Jornalista

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