22/08/2023
Cotidiano Região

Com atendimento bancário limitado, comércio e moradores tem prejuízos

Bancos disponibilizaram representantes para atendimentos rápidos no comércio local

goioxim

Moradores e comércio do município de Goioxim, a 70 quilômetros de Guarapuava, estão sendo prejudicados pela falta de atendimento bancário e sentem os prejuízos. As três agências da cidade foram danificadas durante assalto ocorrido no último dia 31 de março. A unidade da cooperativa de crédito (Cresol) foi totalmente destruída, enquanto as agências do Banco do Brasil e do Bradesco sofreram muitas avarias.

Bancos atacados em Goioxim (Foto: Dani Pimentel/Blog Meia Hora)

De acordo com o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Goioxim, João Carlos Loureiro, o BB deverá reabrir o atendimento entre 45 e 90 dias, já o Bradesco e a Cresol não tem previsão pra o retorno do atendimento. Agravando ainda a mais a situação, a única lotérica que havia na cidade foi fechada no final de 2017 por conta de assaltos à luz do dia.

Para minimizar a situação, o Bradesco colocou dois representantes bancários que atendem os clientes  num supermercado e numa loja de materiais de construção. O Banco do Brasil faz o mesmo atendimento numa farmácia. Porém, a prestação de serviço é limitada.

“Só podem ser realizadas as coisas simples, como saque, depósito e pagamento de boleto até R$ 1 mil. Para as  demais operações as pessoas precisam ir a Cantagalo ou a Guarapuava”. Cantagalo fica a 35 quilômetros de Goioxim com estrada de chão. Guarapuava é o dobro dessa distância.

De acordo com o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Goioxim, o comércio está perdendo dinheiro.

“As pessoas aproveitam a viagem e já compram o que precisam nessas cidades”.

Outra situação que causa prejuízo é a falta de uma agência da Caixa Econômica Federal que dificulta a situação dos usuários de programas sociais do Governo Federal.

“As pessoas que recebem Bolsa Família, por exemplo, e que não tem cartões Visa ou Master, precisam sacar em outras cidades”. Segundo João Carlos, os usuários que recebem auxílios com valores baixos (R$ 60 e R$ 90) precisam deixar que essas quantias acumulem para fretarem um veículo e ir até Guarapuava ou Cantagalo para compensar.

“Precisamos de uma lotérica ou de uma unidade do Caixa Aqui. A que tinha foi fechada”. Segundo João Carlos, por isso, o comércio perde cerca de R$ 180 mil por mês, que é montante dos programas sociais no município que possui cerca de 7.5 mil habitantes, a maioria no interior. Essa situação se arrasta por mais de um ano.

Cristina Esteche

Jornalista

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