No dia em que o juiz Sergio Moro decretou a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nessa quinta feira (5), peritos criminais divulgaram o laudo dos tiros que atingiram um dos três ônibus que compunham a Caravana Lulista. Segundo o laudo pericial do Instituto de Criminalística do Paraná, os tiros foram disparados a aproximadamente 18,9 metros de distância dos veículos. Esse ataque aconteceu na tarde de 27 de março no percurso, entre Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul.
Um fragmento de projétil de chumbo nu, de calibre 32, foi encontrado na lataria de uns dos veículos. Um dos ônibus atingido transportava jornalistas, inclusive, internacionais.
De acordo com perito criminalista Inajar Antonio Kurowski, o calibre é “muito baixo” e foi disparado de uma arma que “já saiu de fabricação há muito tempo”. Inajar foi quem assinou o laudo.
A perícia mostrou também que apenas um dos três ônibus foi atingido pelos tiros que atingiram a lataria e um dos vidros do veículos que também teve dois pneus furados por “miguelitos”. O segundo ônibus atingido não foi por tios, mas por pedradas. Outro dado divulgado pelo perito é que, supostamente, o atirador tenha atirado de cima de um barranco, de “aproximadamente 4,36 metros”. O autor dos disparos, conforme o laudo, possui 1,70 metro de altura. Outra informação é de que os tiros foram disparos de cima para baixo e acertaram a lateral direita do ônibus, “já o atirador estava posicionado atrás dos veículos”.
A perícia também analisou as imagens da praça de pedágio de Laranjeiras do Sul, mas o resultado foi inconclusivo, entre outros motivos, pela baixa qualidade, das imagens.
“Nós estamos buscando a autoria”, disse o delegado Helder Lauria, de Laranjeiras do Sul, responsável pelo inquérito. Segundo o policial, já foram ouvidas cerca de 15 pessoas. Ainda não há suspeitos.