22/08/2023
Guarapuava

Servidores de Guarapuava entrarão em greve geral nesta quarta (16)

Eles aguardam a negociação da data-base e de outras demandas com a Prefeitura de Guarapuava

Prefeitura

Servidores públicos e profissionais de Guarapuava paralisarão as atividades a partir desta quarta feira (16) no município. O indicativo de greve, aprovado em assembleia geral do Sindicato dos Servidores Públicos e Profissionais de Guarapuava (Sisppmug) na semana passada, se deu por conta da falta de posicionamento da administração municipal sobre uma série de demandas levantadas pela categoria, como a data-base, que vence este mês, e a disponibilização de vale-alimentação para os trabalhadores. Serviços de urgência e emergência, ou serviços essenciais, não sofrerão os impactos da paralisação em Guarapuava.

De acordo com Cristiane Wainer, presidente do Sisppmug, na questão salarial, a categoria pede reajuste de 3%. No entanto, segundo ela, o sindicato foi informado que a prefeitura só estaria disposta a negociar através do índice da inflação medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), que fecharia o acordo em uma faixa de 2,7%. As articulações para a data-base começaram em meados de abril deste ano.

“Trabalhar com uma inflação baixa nos salários dos servidores municipais, onde a grande maioria já tem salários achatados, é muito difícil”.

O ápice para que o indicativo de greve fosse votado pelos servidores ocorreu no último 10, quando a Prefeitura de Guarapuava desmarcou uma reunião de negociação com o sindicato. Segundo Cristiane, a administração alegou que não teria pessoas suficientes para participar do encontro.

“A categoria está passando por uma situação muito difícil com uma inflação baixa e um cancelamento de uma reunião tão importante”.

QUADRO ATUAL

Atualmente, o sindicato atende cerca de 4000 servidores municipais. O reajuste que a categoria solicita agora beneficiará metade do quadro, já que a outra metade, da educação, foi contemplada por um reajuste no início deste ano.

Segundo Cristiane, outro ponto que levou a greve é quanto a falta de funcionários. Isso porquê, em setembro do ano passado, o prefeito Cesar Silvestri Filho sancionou uma lei que extinguiu este cargo, o que, por consequência, gerou uma sobrecarga de trabalho para as servidoras deste setor. Desde então, só empresas terceirizadas prestariam o serviço, porém, até o momento, o edital para que estas empresas concorram ao serviço ainda não foi disponibilizado.

“Não se pode mais realizar concurso para serventes de limpeza e nós estamos chegando num ponto que não tem mais como abrir unidades no município. Não tem como abrir porque não temos pessoal pro serviço de limpeza. Todos os remanejamentos possíveis já foram feitos”.

A liberação de vale-alimentação para os servidores também é uma demanda que, segundo Cristiane, o sindicato solicita para a administração há pelo menos três anos.

“Agora nós queremos um posicionamento do prefeito. Entendemos que é necessário ele participar desta negociação de forma presente”.

Nesta quarta (16), a partir das 8h, servidores estarão na Praça 9 de Dezembro para falar com a população sobre falta de servidores dos serviços gerais, auxílio alimentação e índice de recomposição em ganho real.

Cristina Esteche

Jornalista

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