22/08/2023


Economia

Estudo aponta aumento no valor da cesta básica, em Guarapuava

Relatório do departamento de economia da Unicentro indicou o aumento frente à greve dos caminhoneiros

supermercado

Um estudo desenvolvido em Guarapuava traçou o aumento no valor da cesta básica entre o período anterior a greve dos caminhoneiros e agora, enquanto o movimento nacional ainda ocorre. Desenvolvido pelo departamento de economia da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), o estudo indicou que o valor da Cesta Básica de Alimentos na semana anterior ao início da greve dos caminhoneiros era de R$ 265,85 seguindo a tendência de queda desde março. Com a paralisação dos meios de transportes de carga rodoviária, o valor em Guarapuava subiu para R$ 293,57, configurando um aumento de 10,43%. Os preços foram coletados de 21 a 27 de maio deste ano.

No prazo de uma semana, o preço de hortifrútis, como o tomate subiu, em média, 57,43%; a banana, 20% e a batata, 15%. Outros produtos que fazem parte da alimentação do dia-a-dia do guarapuavano como arroz e o feijão também tiveram alta e ficaram em média 10,32% e 12,71% mais caros. O aumento da carne foi de 10,42% e do leite de 8,95%.

“O medo do desabastecimento levou os consumidores guarapuavanos a fazer estoques, relembrando os velhos tempos da inflação alta. O aumento da demanda e a queda da oferta provocada pelo desabastecimento fizeram com a lei do mercado vigorasse, ou seja, o aumento do consumo e oferta reduzida possibilitou que o comércio varejista aumentasse os preços”, explicou Pedro Ferst de Ré, do curso de Economia da Unicentro.

Ainda de acordo com Pedro, produtos mais sensíveis a influências climáticas e a entrada do inverno, como o feijão, os derivados do leite e alguns hortifrútis, tendem a continuar com preços mais altos mesmo que a greve dos caminhoneiros venha a acabar.

“O fato é que a paralisação do transporte rodoviário de carga já impactou, também, no comportamento da inflação do mês de maio, estimando-se uma tendência de alta acima do esperado, a qual vai ser sentida no bolso do consumidor”, explicou a economista Luci Nychai, também integrante do departamento de economia.

Cristina Esteche

Jornalista

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