Sopa de mandioca no jantar, quirera com carne de porco e feijão preto no almoço, além do café da manhã, e lanche no meio da tarde. Assim é que os caminhoneiros parados às margens da PR 170 estão sendo tratados pelo Centro de Tradições Gaúchas Chaleira Preta, em Guarapuava.
De acordo com o patrão Joaquim Ferreira Ribas, o Quinzinho, essa foi a forma encontrada para demonstrar o apoio que o movimento tradicionalista dá à mobilização nacional. “Nós transportamos os nossos animais pela estrada. Precisamos de combustível e essa paralisação vai beneficiar todos nós”.
Para cozinhar, mulheres e homens se revezam na cozinha improvisada em frente a casa do senhor Pedro Lima. Dona Edite Souza Vicenko, do Chaleira Preta, está dando o seu tempo desde a última quinta feira (24). “É uma forma da gente ajudar”, diz.
“Meu genro é caminhoneiro e sei muito bem o que eles sofrem na estrada”, diz Pedro Lima. Sua esposa, filha e nora também participam da cozinha.
Segundo Quinzinho, a arrecadação também está sendo voluntária. “Graças a Deus temos de tudo aqui”, diz o tradicionalista.
“A nossa comida é do bem e do melhor e agradecemos o Chaleira Preta e a comunidade”, dizem os caminhoneiros.