O deputado federal Nelson Meurer (PP) é o primeiro político, com foro privilegiado, condenado pelo STF na Operação Lava Jato. Após três anos, a condenação aconteceu nesta terça feira (29) pela Segunda Turma, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O STF entendeu que Meurer cometeu crimes por receber “periodicamente” e com ajuda dos filhos Cristiano e Nelson Júnior, “vantagens indevidas que lhe eram disponibilizadas por Paulo Roberto Costa [ex-diretor da Petrobras]” e intermediadas pelo doleiro Alberto Youssef.
Cristiano e Júnior foram condenados pelo crime de corrupção passiva e absolvidos da acusação de lavagem de dinheiro.
Entretanto, a defesa do deputado, entretanto, contesta as acusações contidas na denúncia da Procuradoria Geral da República e diz que não há elementos para justificar a condenação.
Pela denúncia feita pela Procuradoria Geral da República, Meurer teria recebido R$ 29,7 milhões, fatiados em 99 repasses de R$ 300 mil mensais, operacionalizados pelo doleiro Alberto Youssef.
Segundo o relator da Lava jato, o ministro Edson Fachin, as provas nos autos mostram que o deputado recebeu, “periodicamente” e com ajuda dos filhos, “vantagens indevidas que lhe eram disponibilizadas por Paulo Roberto Costa [ex-diretor da Petrobras]” e intermediadas por Youssef.
Segundo o relatório, a quebra de sigilo bancário do deputado paranaense mostrou dezenas de “depósitos fracionados” em uma conta corrente do parlamentar, incompatíveis com a renda de Meurer.