22/08/2023
Agronegócio

Paraná lidera produção industrial no país com crescimento de 18,6%

imagem-15977

Da redação – A produção industrial do Paraná avançou 18,6% em março na comparação com o mês anterior e lidera o ranking nacional de crescimento, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (7). A média brasileira foi de 2,8%. Já no confronto com março de 2009, o avanço no Paraná foi de 23,7%, enquanto no Brasil a taxa foi de 19,7%. A taxa acumulada nos últimos 12 meses ficou em 1,1% diante da média nacional de -0,3%.

Os índices regionais de março em comparação com fevereiro cresceram em 12 dos 14 locais pesquisados pelo IBGE. Depois do Paraná, primeiro no ranking, a lista das regiões que cresceram é a seguinte: Amazonas (10,1%), Pernambuco (4,4%), Rio Grande do Sul (4,1%) e Santa Catarina (3,7%), que cresceram acima da média nacional. Completam a lista de locais com taxas positivas: Minas Gerais (2,8%), Espírito Santo (2,2%), Rio de Janeiro e região Nordeste (ambos com 1,8%), Bahia (0,9%), Pará (0,7%) e São Paulo (0,6%). Com recuo, ficaram os estados do Ceará (-0,3%) e Goiás (-6,8%).

Para o secretário de Estado da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho, os dados apontados pelo IBGE indicam que o Paraná caminha de forma sólida rumo ao fortalecimento industrial em 2010. “Dezenas de empresas nacionais e estrangeiras têm optado por investimentos no Paraná, onde estímulos tributários e infra-estrutura estimulam o setor. O resultado está no aumento da produção e do emprego”, analisa.

Dentre os setores do Paraná com resultado positivo na comparação com o mesmo mês do ano anterior, destacam-se mobiliário (82,5%), máquinas e equipamentos (56,7%), veículos automotores (54,1%), edição e impressão (47,9%), produtos de metal (39,4%), borrachas e plásticos (22,4%). Os resultados negativos ficaram por conta de outros produtos químicos (-26,3%), alimentos (-4,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos e madeira (ambos com -3,9%).

Já a média móvel trimestral no Paraná avançou 4,1%, mantendo trajetória ascendente desde julho de 2009. No Brasil, a taxa foi de 3%. Os setores que mais avançaram nos três primeiros meses do ano foram os de veículos automotores (67,5%), mobiliário (59,1%) e máquinas e equipamentos (44,4%). Os resultados negativos no período ficaram por conta de edição, impressão e reprodução de gravações (-17,0%), outros produtos químicos (-5,0%) e madeira (-4,6%). O acumulado do trimestre foi de 12,7% para o conjunto da indústria.

Investimentos

São diversos segmentos da indústria que receberam novas empresas ou ampliações por todo o Paraná. Na informática, a Bitway, terceira maior fábrica de computadores do Brasil, investiu R$ 10 milhões em Piraquara. A Visum e Megaware se instalaram em Curitiba. A Icom/Intelbras tem fábrica em São José dos Pinhais. A Leadership Group investiu R$ 5 milhões em Quatro Barras. Em Tecnologia de Informação (TI), a Dedic GPTI – empresa ligada a Portugal Telecom investe R$ 26 milhões em Londrina.

No setor de embalagens, a Sig Combibloc vai iniciar a implantação de uma unidade em Campo Largo. A empresa Crow da Amazônia está investindo R$ 150 milhões em Ponta Grossa.

No setor automotivo, a Fiat Group comprou as instalações da Tritec, em Campo Largo, e investiu R$ 250 milhões para construir a maior fábrica de motores da América do Sul. A Dynapar investiu R$ 6 milhões em Quatro Barras. A Mascarello, encarroçadora de ônibus, ampliou a planta em Cascavel. A Volvo investirá R$ 220 milhões entre 2010/2011. A Renault do Brasil entrará com R$ 1 bilhão para novos investimentos nos próximos três anos. A empresa japonesa de ferramentas Makita está instalada em Ponta Grossa.

No setor de madeira, a Berneck Aglomerados investiu R$ 326 milhões em Araucária. A América Latina Logística (ALL) está investindo R$ 600 milhões em sua malha ferroviária que inclui o Paraná.

A Petrobras está investindo US$ 7 bilhões na ampliação da Repar, em Araucária. A Klabin investiu R$ 2,2 bilhões em Telêmaco Borba. No biodiesel, a BSBios instalou-se em Marialva e a Oleoplan vai investir R$ 80 milhões em Ponta Grossa.

A Companhia Providência aplicou R$ 110 milhões e a Nutrimental outros R$ 20 milhões, ambas em São José dos Pinhais. A Sadia tira do papel investimentos de R$ 200 milhões em Toledo e Paranaguá. A Frimesa aplicou R$ 45 milhões em Medianeira. A Corol, mais R$ 36 milhões em Rolândia.

A Sandoz investe R$ 6 milhões para a produção de genéricos em Cambé. A Leão Júnior aplicou 30 milhões em Fazenda Rio Grande. A Kraft Foods já investiu US$ 120 milhões desde 2003 na região de Curitiba.

O Paraná ainda recebeu centros de distribuição da Destro, Casas Bahia e Aurora. Grandes redes de varejo também estão se instalando no Estado. A maior rede do México, a Coppel e o Baú da Felicidade que adquiriu as lojas Dudoni e passa a operar sob o nome BFPar.

Neste ano, a Rede Wall Mart investe R$ 50 milhões para novos estabelecimentos em Curitiba, Pinhais e Foz do Iguaçu.

Dezenas de outras grandes empresas investem na ampliação de suas instalações no Paraná, casos da Da Granja, na Lapa, da Dixie Toga (R$300 milhões), em Londrina, da Spaipa, em Maringá, e da Pratti & Donaduzzi, em Toledo, a Coquepar, em Rio Negro, e a Indústria de Sucos e Integrados, em Uraí, também injetam dinheiro para aumentar seus negócios em todo o Paraná.

Fonte: Agência Estadual de Notícias

Cristina Esteche

Jornalista

Relacionadas

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.