Horário eleitoral gratuito é criticado por internautas

Da redação (com assessoria) –  O horário eleitoral gratuito deve custar em 2010 mais de R$850 milhões em isenções tributárias aos cofres públicos, de acordo com levantamento feito pelo portal Contas Abertas. Internautas, que debatem o tema nesta semana por meio do site da Rede de Participação Política – iniciativa apartidária da Fiep/Faciap -, criticaram os altos gastos com propagandas e clamaram por novas formas de debate político, além das campanhas tradicionais.
Desde 2002, a União já deixou de arrecadar R$ 3,65 bilhões em razão do horário eleitoral gratuito. Na opinião dos dois mais conhecidos marqueteiros do país, poderia ser extinto. Duda Mendonça e Antonio Lavareda afirmam que as inserções eleitorais (propagandas curtas) são importantes na campanha, mas os dois programas diários de 25 minutos cada um encarecem as disputas, têm efeito limitado e poderiam ser substituídos por debates temáticos entre os candidatos.
Antonio Silva, de Varginha (MG), é um dos participantes contrários à campanha gratuita na TV e no rádio. “É uma verdadeira guerra de marketing, eficiente perante um eleitorado apático, mal informado e presa fácil da enganação e das falsas promessas”, justifica. Para ele, a propaganda pode ter maior utilidade se houver um melhor aproveitamento do tempo ou até a sua redução.
Já Pedro Krugel, de Ipanema (PR), propõe uma nova forma para o horário eleitoral, em que haveria uma maior abertura para o debate entre os políticos e a sociedade. O internauta acredita que a melhor alternativa seria “elaborar um horário eleitoral inteligente com os candidatos e com tempo para que nós, cidadãos, possamos responder”.
Afim de que haja maior democratização do processo eleitoral, Jaison Ricardo, de Chapecó (SC), também propõe mudanças. “Os debates devem estar direcionados na apresentação de propostas e não embasados em acusações entre candidatos e partidos”, argumenta.
O tema continua em discussão até a próxima segunda-feira (17) no site da Rede de Participação Política: www.participacaopolitica.org.br.