O professor Luís Felipe Manvailer já está na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG), desde a noite dessa terça feira (24). A transferência ocorreu a partir de uma nova determinação solicitada pela juíza Paola Gonçalves, da 2ª Vara Criminal, da Comarca de Guarapuava, que defende a importância da participação do professor durante as investigações para elucidação do caso ocorrido na madrugada do último domingo (22), que resultou na morte da advogada Tatiane Spitzner, de 29 anos, após sofrer uma queda da sacada do quarto andar do apartamento onde residia com o marido Luís Felipe, com quem era casada há cinco anos. O casal morava a na região central de Guarapuava.
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Inicialmente, de acordo com uma nota enviada pela defesa de Manvailer, o professor seria transferido de São Miguel do Iguaçu, cidade há mais de 300 km de Guarapuava, para o Complexo Médico Penal em Pinhais, na Grande Curitiba na manhã desta quinta feira (26). A decisão considerava, segundo a defesa, uma medida de cautela necessária pela grande comoção e repercussão nacional do caso. Manvailer permanecerá na PIG, na ala dos presos com ensino superior.
O CASO
O professor foi encontrado e preso preventivamente na manhã do último domingo (22), no município da região Oeste do Paraná, após recolher o corpo de sua esposa em via pública e arrastá-lo até o apartamento do casal, trancar o imóvel e fugir com o veículo da advogada até a cidade onde foi encontrado. A suspeita da polícia é que o destino de Manvailer fosse o país vizinho, Paraguai. A prisão preventiva ocorreu considerando a suspeita de feminicídio e furto de veículo.
Em um primeiro depoimento de Luís Felipe à polícia, o professor nega ter envolvimento na morte da esposa, declarando que Tatiane teria se jogado da sacada. Ainda segundo declarações do professor, em ato de desespero, recolheu o corpo e fugiu do local.
Informações extraoficiais declaram que, nesta quarta feira (25), o pai de Tatiane deve dar seu primeiro depoimento à polícia de Guarapuava. Segundo informações extraoficiais de pessoas ligadas à família, em estado de choque, a mãe ainda não deve se pronunciar. A equipe do Portal RSN tentou contato com a família, mas não conseguiu confirmar a informação, até o fechamento desta matéria.
Na última segunda feira (23), vizinhos do casal deram depoimentos à equipe de investigação na 14ª Subdivisão Policial de Guarapuava. Segundo informações repassadas pela Polícia, os moradores ouviram gritos e pedidos de socorro de Tatiane, durante a discussão do casal na madrugada. A advogada foi vista ainda debruçada sobre a sacada, em prantos. Quando moradores do prédio buscaram contato com a Polícia, ouviram o barulho da queda.