O ar seco tem sido a marca deste mês de julho na região do terceiro planalto paranaense. A expectativa por dias de chuva tem sido constante, já que a estiagem em Guarapuava está prestes a completar 30 dias. E alguns setores, como o de abastecimento de água, já sentem o impacto do período seco.
De acordo com informações da assessoria de comunicação da Sanepar, pela falta de chuva, alguns poços e mananciais da região já trabalham com níveis mais baixos. Porém, a companhia garante que eles continuam atendendo a demanda de Guarapuava e entorno.
Em contato com o Portal RSN, o meteorologista do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), Samuel Braun, o último registro de chuva expressiva na cidade ocorreu em 20 de junho, com 12.4 mm. Desde então, apenas no dia 9 de julho, choveu novamente, porém, não de forma significativa.
“Nessa data, choveu apenas 1mm. Para a agricultura, essa chuva não é representativa. Mas, para amenizar o ar seco, ela já é considerável”.
Dados anteriores mostram, de forma ainda mais clara, a disparidade dos números. A incidência de chuva para julho, em Guarapuava, na média histórica apresenta 115mm de chuva. Ainda segundo o meteorologista, essas condições climáticas caracterizam o fenômeno do veranico.
Trata-se de uma ocorrência comum de atuação de massas de ar mais seco e quentes, que se refletem em temperaturas maiores do que o esperado para a época. A ocorrência desse fenômeno é conhecida como veranico, formação desencadeada por sistemas de alta pressão atmosférica.
Nesta semana, o Simepar previu chuva ontem (24) em Guarapuava, o que não aconteceu. Para esta quarta (25), também há previsão de chuva, mas segundo o próprio sistema meteorológico, não há garantias de que realmente chova. Para a próxima semana, há expectativa de maior incidência, embora, segundo o meteorologista, as últimas frentes previstas acabaram não se consolidando no Estado.