22/08/2023
Guarapuava

Eclipse total da lua poderá ser visto a partir das 17h55, em Guarapuava

Lugares descampados, como o Mirante da Serra, facilitarão a visualização do maior eclipse lunar do século

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A Lua assumirá tonalidade avermelhada durante um eclipse, porém, esta parte do fenômeno não poderá ser vista de Guarapuava (Foto: NASA’s Goddard Space Flight Center)

O tempo promete estar com boa visibilidade para os moradores do terceiro planalto paranaense que querem acompanhar um pouquinho do maior eclipse lunar do século, que ocorre nesta sexta feira (27). Aqui em Guarapuava, o eclipse poderá ser visto a partir das 17h55, horário em que a lua nasce no município. A dica é ir até lugares descampados, como o Mirante da Serra, no Jordão, para tentar ver o fenômeno. Se o tempo colaborar, o eclipse poderá ser visto até pouco depois das 19h.

O eclipse ocorre quando o sol, a Terra e a lua ficam alinhados nesta ordem e o planeta faz sombra sobre a última, diminuindo ou até mesmo impedindo a iluminação do corpo. O eclipse terá quase 4 horas de fase parcial, começando às 16h30, quando a Lua ainda não nasceu por aqui. Por isso, a melhor hora para ver é quando a Lua nasce em cada cidade. Mesmo assim, será mais visível na costa do país, na parte leste. Recife será a primeira capital a começar a ver, por isso aproveitará por mais tempo.

Um atrativo neste evento será a iluminação por um efeito laranja avermelhado na lua, que ganhou o nome de “Lua de Sangue”. A razão das cores é a atmosfera terrestre. Quem explica é o tecnologista da Agência Espacial Brasileira, Ademir Xavier, à Agência Brasil.

O vermelho depende da quantidade de poluição suspensa na atmosfera, que pode ser partícula de pó lançada por vulcões. Quando atividade vulcânica aumenta, ela fica mais vermelha. Quando isso não acontece, ela continua no tom mais alaranjado.

Segundo o professor do Instituto de Física da Universidade de Brasília (UnB), Paulo Eduardo de Brito, o efeito laranja avermelhado, no entanto, não será visível em todos os pontos do Brasil, mas apenas para as cidades mais próximas do litoral. As cidades da região de Guarapuava, logo, não devem contemplar esta parte do fenômeno.

Cristina Esteche

Jornalista

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