22/08/2023


Cotidiano Guarapuava Saúde

Banco de Leite ajuda a salvar guarapuavana que nasceu com 26 semanas

Há cinco anos, a pequena Lorena precisou da ajuda do Banco de Leite Humano para sobreviver. Hoje, ela esbanja saúde e alegria. Conheça o projeto

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Há cinco anos, nascia em Guarapuava a pequena Lorena, com apenas 26 semanas, cerca de seis meses. Uma prematura extrema. A mãe, Franciele Lopes Pequito, contou com o apoio do Banco de Leite Humano do município para salvar a guarapuavana, que hoje esbanja saúde e alegria. Franciele foi, inclusive, uma das primeiras doadoras de leite materno do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo, onde o banco está instalado.

(Fotos/Divulgação: arquivo da família)

A mãe, que hoje comemora a saúde da filha, conta que a pequena Lorena ficou internada durante 93 dias na UTI Neonatal do Hospital Santa Tereza. Por conta das necessidades da filha, ela começou a coletagem do leite materno e foi onde conheceu o trabalho do Banco de Leite.

“Foi muito bom, porque eu sabia que não estava ajudando só a minha filha, mas outras vidas também. Temos consciência que ajudamos muitos outros que as mães não podem doar, nem amamentar”.

Durante o tempo em que passou no hospital, Lorena recebeu o leite do Banco e, assim como a filha, Franciele também recebeu o cuidado da equipe, se tornando doadora de leite materno por muito tempo. A dedicação e esforço ajudou não só a pequena Lorena, mas também muitas outras crianças.

A gratidão é muito grande, vendo ela grande, perfeita, sem nenhuma sequela. Foi, com certeza, o trabalho dessa equipe.

O BANCO

Na época mais fria do ano, é comum as doações para o Banco de Leite Humano, do Hospital São Vicente de Paulo, diminuírem. Além do frio, o período de férias é outro fator que influencia a queda.

A nutricionista e coordenadora do Banco, Franciele Boaria, explica que no calor, as mães doadoras conseguem “esgotar” mais vezes, o que aumenta o estoque.

Hoje, o banco atende cerca de 20 crianças, entre as UTIs do Hospital São Vicente e Santa Tereza. O departamento conta com cerca de 50 doadoras, o que está longe de ser o ideal, segundo Franciele, já que cada uma possui um fluxo diferente de coleta.

“É uma dieta de três em três horas, uma demanda bem alta, e nessa época fica um pouco mais apertado para atender bem a todos”.

PARA DOAR

Para ser uma doadora, basta ligar ou ir ao hospital e agendar uma visita. Nessa visita será feito o cadastro, repassado todas as informações e entrega do kit. Além disso, a mãe precisa estar em dia com a carteira de pré-natal e exames.

Após a coleta, a equipe faz a retirada dos frascos que já estão prontos para análise. Antes de alimentar os pequenos, o leite é pasteurizado e passa por análises clínicas, em parceria com o laboratório da Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro), localizado no campus Cedeteg.

Mais informações sobre o banco de leite podem ser obtidas com o próprio hospital, através do telefone (42) 3621-7800.

Cristina Esteche

Jornalista

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