22/08/2023
Política

Crescimento de países emergentes é uma grande oportunidade para o PR e para o BR, diz Osmar

Osmar Dias participou da sabatina na Faciap

osmar

Osmar Dias (Foto: Ricardo Medeiros)

O reaquecimento da economia internacional, com o crescimento de países emergentes, é uma grande oportunidade para o Brasil e o Paraná. A afirmação foi feita pelo pré-candidato ao governo Osmar Dias (PDT), durante a abertura do II Fórum Gestão Pública, nessa sexta (27), em Curitiba, que o Estado precisa ficar atento ao cenário internacional para sair da crise.

“Os novos players do mercado estão agindo de forma muito forte, com demandas imensas em minerais e alimentos que são aquilo que nós temos de melhor”, afirmou Osmar. “Não podemos mais deixar a crise frear ainda mais o nosso desenvolvimento econômico”, disse.

O Fórum, organizado pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), contou também com a participação de outros pré-candidatos ao governo do Estado. Na sabatina, mediada pelo presidente da entidade Marco Barbosa, os empresários abordaram questões de interesse da cadeia produtiva do Paraná como rodovias, aeroportos, contratos de pedágio, ferrovias, desburocratização da máquina pública e carga tributária.

O primeiro tema abordado foi sobre a redução dos valores destinados aos poderes Judiciário e Legislativo dentro da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Osmar disse que pretende conversar com os poderes e ajustar esses índices para que eles sejam mais compatíveis com a realidade econômica do estado para o próximo ano. Outra medida que ele tomará será retirar o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação das receitas correntes da LDO porque este é um custo do Governo Federal.

“O Fundeb tem um valor neste ano de 5,7 bilhões de reais. Se você aplicar 18,6% que estão congelados dentro do orçamento para atender os poderes como o Tribunal de Contas, Ministério Público e Tribunal de Justiça, retirando o Fundeb, você ganha 1 bilhão de reais para atender as políticas públicas que o Paraná tanto precisa.”

Sobre os contratos de pedágio, que encerram daqui a três anos, Osmar disse que vai fazer audiências públicas e divulgar amplamente a nova licitação com o objetivo de aumentar a concorrência e assim diminuir o preço das tarifas.

“Não podemos mais permitir que um caminhoneiro vá a Foz do Iguaçu e volte a capital, por exemplo, e gaste cerca de R$ 1,4 mil com pedágio porque isso prejudica toda a cadeia produtiva do Estado.”

Na questão sobre sobre aeroportos, Osmar afirmou que é preciso negociar com a Infraero a concessão de aeroportos regionais para que a iniciativa privada faça investimentos.

“Se nós queremos realmente desenvolver uma aviação no estado, precisamos estimular a iniciativa privada a investir nos aeroportos regionais, aplicar uma alíquota do combustível de aviação mais reduzida para os voos regionais e planejar um aeroporto de cargas no oeste do Paraná para desenvolver a região e atrair mais voos e mais companhias para aumentar a concorrência e baixar os preços das passagens porque está faltando isso”, acredita.

IMPOSTOS

Outro tema abordado foi a substituição tributária. Na oportunidade, Osmar citou o exemplo de Santa Catarina que aplicou o mecanismo nas cadeias concentradas de energia, bebidas, carros e outros produtos.

“Precisamos trabalhar medidas modernas de substituição de tributos como fez o nosso vizinho, mas precisamos incrementar e modernizar ainda mais. Para isso, vou analisar a possibilidade de colocar um equilíbrio na margem de valor agregado porque hoje muitos produtos avançam 70% além do preço de compra e aí você tem uma alíquota muito alta. Se nós atingirmos esse equilíbrio no valor agregado, poderemos também ter mais equilíbrio na cobrança de impostos dessas empresas. E a outra possibilidade é trabalhar nos estoques para quando você vende muitas vezes abaixo da margem do valor agregado e calculado”, afirmou.

O último tema foi sobre energia elétrica. Para Osmar, é necessária e urgente a realização de uma política mais justa, moderna e equilibrada.

“A Copel precisa ser a locomotiva no processo de ampliação da base da matriz energética porque aí sim, ampliando a matriz, dá para falar em reduzir imposto. Antes disso, quem falar que é possível é irresponsável. Vou trabalhar para que a Copel seja uma empresa paranaense de verdade e preste serviço e políticas públicas para a população e não para negócios externos”, finalizou.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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