Um item fundamental para a organização do trânsito, a sinalização tanto na forma vertical, com a inserção de placas, como na forma horizontal, utilizando linhas, marcações, símbolos e faixas nas vias é primordial e de uso comum da população. Mas, em Guarapuava, ela é alvo de atenção frequente da Secretaria de Trânsito e Transportes (Setran) por um motivo preocupante.
De acordo com o secretário Airson Horst, a cidade possui um gasto de 20% do orçamento destinado à essas melhorias, cobrindo práticas criminosas com a reposição de materiais sinalizadores furtados.
“Nós temos um vandalismo em Guarapuava que nos causa, mais ou menos, de R$15 a R$ 20 mil de gastos. Cada placa que você hoje vê, de pare, de dobre a direita, dobre a esquerda, tem um custo”, explica.
Ainda segundo o secretário, o investimento mensal em sinalização na cidade, gira em torno de R$ 100 mil. De acordo com Ricardo de Lima Ramos, assessor de gabinete da Setran, que acompanhou Airson em entrevista recente ao Portal RSN, o montante investido percorre a prática do vandalismo até a reposição necessária devido a colisões de trânsito.
“As pessoas roubam até para decorar a casa. Uns quebram por quebrar, outros quebram placas por acidente de trânsito. Em outras situações, algum motorista embriagado ou que perde o controle e se envolve em algum acidente acaba batendo”, destaca Ricardo.
Sobra a prática do vandalismo sobre patrimônios do município, destaca-se que a ação é criminosa, com pena já prevista pelo Código Penal, por meio do artigo 163, com pena de um a seis meses de detenção e multa. Se tratando, ainda, de patrimônio público, o dano é qualificado, com pena aumentada para seis meses a três anos de detenção e multa.
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Para o secretário, esse é um trabalho que integra as ações da equipe em Guarapuava, em atividades que somam-se a outras demandas urgentes e fundamentais para o trânsito da cidade. Quanto a isso, Airson destacou o trabalho de recapeamento realizado recentemente.
“A prefeitura realizou 17 quilômetros de recapeamento no anel central da cidade e nós pintamos tudo isso. Então, fora todo o processo de educação no trânsito, de tecnologia e engenharia de tráfego tem esse trabalho contínuo que nós realizamos e que não pode parar. São duas equipes o dia todo trabalhando e que não podem parar”, destacou Airson.