Desestimulados pelo risco das intempéries e pelo preço do trigo, uma cultura típica do inverno assim como a cevada e o triticale, produtores da região de Guarapuava reduziram em 11% a área plantada. Nos 10 municípios sob a jurisdição do Núcleo Regional de Agricultura e Abastecimento (Seab), isso significa 4,7 mil hectares a menos. Porém, a produtividade é superior à de 2017.
De acordo com o técnico do Departamento de Economia Rural (Deral), Dirlei Manfio, a estimativa para esta safra é de 154 mil toneladas contra 114 mil toneladas produzidas em 41,47 mil hectares colhidas no ano passado.
“Tivemos uma produtividade de 2,8 mil quilos por hectares, que é baixa. O clima não colaborou e áreas foram perdidas”.
Em contrapartida, a cevada sofreu um incremento de 24% e saltou dos 28,5 mil hectares em 2017 para 35,3 mil hectares na safra atual, com diferença de 6,8 mil hectares a mais. Segundo Manfio, a expectativa é colher 179 mil toneladas contra 101 mil toneladas colhidas em 2017.
O técnico do Deral disse também que a geada e a chuva não afetaram a cultura, já que esta encontra-se em desenvolvimento vegetativo. “Foi até benéfico porque acabou com insetos, fungos e plantas invasoras”.
Agora, com a lavoura em fase de floração evoluindo para a frutificação e, depois, para a formação de grãos, a época é ideal e o clima é favorável. “A safra pode até surpreender”. A colheita na região de Guarapuava será no início de novembro.
O momento também está sendo favorável para o plantio de milho da primeira safra.
“Em 2017 estava atrasado, mas agora já temos 85% de 58,3 mil hectares plantados”, disse Manfio.