Foco, determinação e talento. Estes são alguns dos atributos que fazem o guarapuavano Pedro Henrique Fernandez ser campeão mundial de jiu-jitsu, aos 14 anos de idade.
A paixão por artes marciais começou na infância, aos cinco anos de idade.
“Eu gostava de assistir luta e pedi aos meus pais que me colocassem num esporte”. A modalidade escolhida foi o jiu-jitsu. “É uma arte suave, corpo a corpo”, define Pedro. E com apenas três meses de treinamento a aptidão para a modalidade já se evidenciou.
No meu primeiro campeonato amador fiquei como vice campeão.
A primeira disputa oficial ocorreu em 2009, quando participou do Paranaense lutando com três atletas e vencendo todos. De lá para cá a participação em campeonatos oficiais é sinônimo de vitórias. De 30 paranaenses consecutivos, são 22 vitórias invictas. Em 2016, venceu o Abu Dhabi World Pro, realizado em São Paulo. No ano seguinte, disputou o Campeonato Brasileiro e o Mundial (SP), o Sulbrasileiro (Florianópolis), Open (SP), Pan (SP), sagrando-se campeão.
Em 2018, a carreira de Pedro atingiu mais um ponto alto, com a revanche contra Vitor Hugo, que venceu de Pedro no Brasileiro por uma falha técnica.
“Ele [Vitor Hugo] é um atleta renomado no Rio de Janeiro porque foi aos Estados Unidos e ganhou a luta na abertura da Copa Podium, em Atlanta. Era considerado o melhor do mundo até o dia em que o derrotei”. Os dois participam na categoria infanto-juvenil.
Faixa verde há três anos, no dia 12 de dezembro, Pedro receberá a faixa verde e preta, mas antes dessa graduação, o atleta ainda tem novos desafios. No dia 27 de outubro participará da sexta e última etapa do Paranaense e no dia 10 de novembro, luta em Curitiba.
ROTINA
Para chegar ao topo na sua categoria, o adolescente, que está focado em competições nacionais e internacionais, divide o seu tempo entre os estudos, treinamentos contínuos e as competições. Cursando a oitava série, com aulas entre às 7h30 e às 12h, com intervalo de 1h30 para o almoço, o judô também encontra espaço na sua rotina diária.
“Treino uma hora e meia em alguns dias das semana, mas o meu tempo maior é para o jiu-jitsu que tenho aulas particulares em casa. Vou à academia diariamente também”. E ainda sobra fôlego e força de vontade para a prática de musculação às segundas, quartas e sextas.
Depois de uma rotina dessas, os finais de semana do atleta são dedicados para assistir televisão. Os programas que Pedro assiste? UFC e outras lutas.
“Mas aos domingos jogo futebol, saio passear, tomo sorvete e ando skate. Eu tenho que brincar, pois ainda sou criança”.
Na segunda feira, quando a rotina recomeça, Pedro se espelha no seu ídolo maior. “Ah! O meu ídolo é o Capitão Cubas, campeão mundial de jiu-jitsu na categoria dele e meu treinador. Ele gosta de participar de competições e não vai sozinho. Dá oportunidades aos seus alunos”.
E como os demais atletas, Pedro também precisa de patrocínios. Hoje, a maior parte das despesas é bancada pelos pais, Daia e Vilson, mas ele tem o apoio de algumas empresas da cidade.
“Meu sonho é pegar faixa preta e ser um dos lendários do jiu-jitsu”.