22/08/2023
Cotidiano

Kundun trabalha firme na remontagem do Acorda Raça

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Da redação – A Companhia de Música e Dança Afro Kundun passou o final de semana trabahando a remontagem do espetáculo Acorda da Raça premiado nacionalmente pelo Ministério da Cultura, Fundação Zumbi dos Palmares, Cadon, com patrocínio da Petrobras.O Kundun oje é o detentor do I Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro Brasileiras.

Enquanto os bailarinos ensaiaram exaustivamente  fazendo ajustes nas coreografias os percussinistas não pararam no trabalho de arranjos e montando os novos ritmos que vão impulsionar a energia que vai para o palco. Tudo isso, sob os olhares atentos do diretor Orlando Silva.

Antes dos ensaios, porém, a equipe de estagiários do projeto Herança Cultural (sub-programa Diálogos Culturais da Secretaria de Estado da Ciência Tecnologia e Ensino Superior), que dá sustentação ao Kundun Balê, junto com bailarinos e percussionistas, decidiram o cartaz que dará a cara do espetáculo, decidindo também quais são os quilombos e teatros onde o Acorda Raça será mostrado. Ao todo são 10 espetáculos. "Estamos tendo dificuldades em dizer não porque são muitos os quilombos que desejam o trabalho do Kundun Balê. Se pudessemos iríamos em todos", diz a bailarina e líder quilombola Ana Kinilê Maria Alves da Cruz.

"Estamos no maior pique e a maior responsabilidade na remontagem desse espetáculo porque agora temos o peso desse prêmio. Vamos dar o que há de melhor, superando o nosso potencial para que o Kundun seja o orgulho dos organizadores do prêmio e da comissão julgadora que apostou no nosso trabalho", afirma a bailarina e vocalista Isabela Anaxilê Camargo Soares da Cruz.

"Se antes já eramos cobrados por nosso korin (aqule que ensina), agora ele está sendo muito mais exigente trabalhando a nossa superação em tudo o que fazemos", diz a bailarina e percussonista Eliete Afixirê de Oliveira.

De acordo com Orlando Silva, o Korin, o Kundun trabalhou durante três anos para receber o reconhecimento nacional e isso veio com o prêmio. "Agora que chegamos até aqui a nossa responsabilidade aumentou. Temos um agenda cheia e ainda a parceria como Ilê Axé Abassá de Ogum em Salvador para a criação do afoxé Utamaduni. Queremos ser a nova sensação do Carnaval de 2011 e acima de tudo o orgulho do I Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-Brasileiras. Vamos mostrar ao Ministério da Cultura, à Fundação Zumbi dos Palmares, ao Cadon e, principalmente, à Petrobras porque fizemos por merecer. O Brasil que nos aguarde", afirmou o diretor do Kundun.

Cristina Esteche

Jornalista

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