22/08/2023
Política

Inscritos no concurso exigem devolução de dinheiro: quase R$ 1 milhão

imagem-17055

 

Da redação – Cartas de inscritos no concurso público da Prefeitura de Guarapuava. que têm chegado a diversos órgãos de imprensa locais e até de outras cidades, estão pedindo o dinheiro de volta da inscrição. Essas pessoas, algumas de outras regiões do Paraná, afirmam que o certame perdeu totalmente a credibilidade e que não irão participar mais, mesmo que a Justiça decida validar a realização do concurso ou então que a Prefeitura decida pela divulgação de um novo edital.
O concurso público tem cerca de 16.000 concorrentes e os organizadores arrecadaram cerca de R$ 1 milhão com as inscrições. O valor arrecadado pode ser até bem mais, já que as taxas variavam de R$ 20,00 a R$ 100,00.
A suspensão do concurso, por "tempo indeterminado", foi decidida pela 2ª Vara Cível de Guarapuava com base numa ação cautelar impetrada pelo Ministério Público. A ação partiu do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, apontando diversas irregularidades, da fase inicial de escolha das empresas organizadoras até o lançamento dos editais e posterior registro de inscrições – foram aceitas pessoas que não tinham condições de obter o registro, segundo o Ministério Público.
A Justiça tem até o dia 30 para se pronunciar em definitivo, se mantém o cancelamento ou se dá ganho de causa à Prefeitura. Dois argumentos levantados pela Procuradoria Geral do Município, em defesa do prefeito Fernando Ribas Carli, não têm sustentação jurídica, pois é previsão legal que as empresas deveriam ser escolhidas pela modalidade de pregão eletrônico com menor preço e melhor técnica. As duas empresas contratadas também estão irregularidades, uma porque não está à altura do concurso que pretendia realizar e a outra porque sequer foi escolhida através de licitação.
Para completar, o fato de se descobrir o registro de inscritos sem condições, levou o próprio Ministério Público a aventar a hipótese de direcionamento no concurso.
Mensagens eletrônicas recebidas pela imprensa deixam tácita essa preocupação, de que poderia haver favorecimento de determinados candidatos, especialmente por se tratar de um ano eleitoral.
Já há um grupo de inscritos procurando se mobilizar judicialmente para reaver o dinheiro investido nas inscrições. Ficou-se sabendo, agora, que muitos inscritos de outras cidades foram aos locais das provas. No site da Prefeitura, no dia das provas, no sábado 30, não continha nenhuma informação alertando para a suspensão. Uma tímida nota só foi publicada na segunda-feira.
Entre os emails, protestando contra o concurso público, destacam-se os seguintes:
Elenice Gomes reside em outro município e é uma dessas pessoas que não deseja prestar novo concurso ofertado pela gestão carlista.

"Sei que o dinheiro gasto para o deslocamento não terei de volta, mas pelo menos seria de direito eu rever meu dinheiro de volta da inscrição. No entanto liguei na prefeitura pedindo meu dinheiro de volta pois gostaria de fazer outro concursoem outro lugar, pois não acredito mais nesse que vai ser realizado. E um tal de Chico me falou que pelo edital o dinheiro não vai ser devolvido, pois o concurso vai ser realizado! A questão é: tenho ou não idreito de rever meu dinheiro?" questiona.

Luiz Carlos Rezende, residente em Ivaiporã, faz coro ao mesmo pedido. "Quero o meu dinheiro de volta. Não quero saber mais desse concurso com cartas marcadas. Sei que tem gente já comemorando a vaga em troca da campanha eleitoral pra um candidato a deputado aí de Guarapuava. Passamos por otários, mas ainda e o MP está cumprindo o seu papel e impedindo essa falcatrua", afirmou.

Dirce Terezinha Valginhak, também inscrita, é outra que quer ser ressarcida. "Se para o prefeito e seus secretários R$ 20,00 (servente) é uma migalha para nós representa comida na mesa no almoço ou na janta. Eu quero o meu dinheiro de volta e nã querp mais saber de concurso nenhum. Cadê os vereadores que não tomam as nossas dores?" questiona.

Outra reclamação que vem sendo feita, prncipalmente, por candidatos que residem em outras cidades refere-se ao descaso com o qual a Prefeitura tratou os inscritos.

"No dia 30, dias da sprovas, eu e vários outros canditados comparecemos na Faculdade Campo Real para realização da prova que não ocorreram. Até o dia 29 de maio, pela manhã, não havia nada sobre o concelamento no site da Prefeitura", reclama Elenice.

 

 

www.redesuldenoticias.com.br/noticia.asp

www.redesuldenoticias.com.br/noticia.asp

www.redesuldenoticias.com.br/noticia.asp

 

www.redesuldenoticias.com.br/noticia.asp

Cristina Esteche

Jornalista

Relacionadas

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.

Pular para o conteúdo