O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) julga nesta quinta feira (6) os pedidos das defesas de dois casos envolvendo réus guarapuavanos. Está na pauta as alegações dos advogados que representam os envolvidos na operação policial que ficou conhecida como a Bala da Noite e, também, a apelação que visa beneficiar o ex-deputado Luiz Fernando Ribas Carli Filho.
No primeiro caso, a Seção de Narcóticos da Polícia Civil foi a responsável pelo desmantelamento da quadrilha composta, em sua maioria, por empresários, dentistas e engenheiros. Dos 21 envolvidos, 19 foram condenados em março de 2017. Em dezembro de 2016, quando a operação foi divulgada e os envolvidos presos, foram apreendidos carros de luxo, celulares e drogas sintéticas.
Agora, a defesa pede a redução das penas, algumas para progressão do regime fechado para o semiaberto, podendo os envolvidos serem liberados com o uso de tornozeleira eletrônica. Recurso da sentença, nulidade das ligações telefônicas interceptadas, cerceamento da defesa, ilegalidade em mandados de busca e apreensão, desclassificação do delito e absolvição em alguns fatos estão entre as alegações da defesa. Se a defesa sair vitoriosa, alguns dos envolvidos poderão deixar a prisão com tornozeleira eletrônica. A 5ª Câmara será a responsável por esse julgamento.
Já no caso do ex-deputado estadual, a 1ª Câmara Criminal analisa se o cálculo da pena a ser cumprida por Carli Filho foi adequado. Em fevereiro, no júri popular em que foi condenado, Carli Filho foi sentenciado a 9 anos e 4 meses de prisão pelo juiz Daniel Ribeiro Surdi de Avelar.
A defesa pede que a pena seja reduzida para 7 anos, enquanto o Ministério Público de primeira instância pediu que o período seja maior, de 14 anos. O MP de segunda instância, por sua vez, sugeriu que a punição seja de 10 anos e 11 meses. Se a defesa conseguir o seu objetivo, Carli Filho utilizará tornozeleira eletrônica.