A 1ª Vara Criminal da Comarca de Guarapuava encerra a agenda de júris de 2017. De acordo com a juíza Helênika de Souza Valente Pinto, foram realizados 54 julgamentos pelo Tribunal do Júri no decorrer do ano. O último condenou quatro dos sete envolvidos na morte do ex-procurador de Chopinzinho Algacir Teixeira Lima. Ele foi assassinado em março de 2015. O co-autor foi o ex-prefeito Leomar Bolzani, que está em prisão domiciliar. Agora são seis condenados. O julgamento durou dois dias, começando na segunda feira (04) e terminando por volta das 21h30 da terça (05).
De acordo com a magistrada, porém, o julgamento mais longo do ano aconteceu em fevereiro e durou três dias. Foram julgados 11 réus, integrantes da Gangue da Moto Preta, um grupo de extermínio que agia no município de Coronel Vivida.
Para 2018 a agenda da 1ª Vara Criminal, por enquanto, já está com 40 júris agendados. “Vamos fazer um mutirão em abril e outro em novembro”.
Mas esse trabalho não se resume apenas aos júris. A 1ª Vara Criminal não é privativa, julgando somente os crimes dolosos contra a vida, mas também outros delitos, sendo necessário conciliar todas as pautas.
Apesar de todo o trabalho para manter a pauta em dia, a juíza diz que considera a sua atividade profissional como uma missão prazerosa. “Apesar de tudo o que a gente vê, com tantas coisas ruins, com tantas desgraças vivenciadas no nosso dia a dia, eu não trocaria a magistratura por nada. Embora tenha que abdicar de muitas coisas pessoais, de todo o desgaste físico e emocional, eu não me vejo fazendo outra atividade. Como sou espírita, entendo que tudo o que acontece com réus é um carma e me volto ao cumprimento da lei. Essa é a minha missão e a considero como uma missão prazerosa”.