A jovem guarapuavana Tuanne Haeffner já é conhecida pelas suas performances nos torneios de laço dos rodeios da região. Agora, ela é destaque no Paraná e pode vencer uma competição nacional. Com apenas 20 anos de idade, a garota ficou em 1º lugar na categoria feminino, entre todas as representantes das 17 regiões tradicionalistas do Paraná, passando a ser representante do Estado nas finais à nível nacional.
Tuanne venceu o 11º Encontro Esportivo, competição que fez parte do 30º Encontro de Seleções Campeiras do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) do Paraná, que aconteceu na semana passada, no CTG São Jorge, em Paraíso do Norte-PR. A etapa final acontecerá em Criciúma, Santa Catarina, ainda sem data definida.
É a segunda vez que Tuanne passa para a etapa nacional. A classificação de Tuanne, é fruto de muito treino e dedicação ao laço, esporte que pratica desde os 14 anos e compete desde os 15. Em 2014, com 16 anos e já na categoria adulta, ela também representou o Paraná nas finais.
“Dessa vez estou mais focada, competirei de forma mais profissional para concluir meu trabalho com perfeição”, disse, convicta, ao Portal RSN.
SUPERAÇÕES
Antes do torneio de 2014, Tuanne havia sofrido um acidente e acabou quebrando o braço esquerdo, com o qual ela originalmente laçava, pois é canhota. Para não perder a competição, ela começou a treinar com o braço direito e conseguiu desenvolver o mesmo nível de laço do esquerdo. Hoje, ela é uma laçadora ambidestra.
Este ano, a mãe de Tuanne teve problemas de saúde e ela abdicou alguns treinos para que pudesse dar atenção aos cuidados de sua genitora. Devido a diminuição dos treinamentos, a égua parceira de Tuanne nas competições, chamada Charrua do Giro de Patas, não conseguiu pegar o ritmo necessário para disputar e também ficou desacostumada com o intenso movimento de pessoas nos rodeios.
“Recebi a ajuda de meu amigo Clei Machado de Oliveira, que emprestou seu cavalo de estimação, o Ícaro da Ilha Velha, que também já era adestrado para acompanhar laçadores. Foi apenas uma semana de treino com ele, mas deu tudo certo e agora estou classificada para o campeonato nacional”, conta Tuanne.
INSPIRAÇÃO
A jovem Tuanne começou a laçar a partir do incentivo da mãe, que comprou uma potra para a filha e fez uma intensa propaganda do esporte, já que ela também foi praticante de laço por muitos anos, no Rio Grande do Sul. Diante do desejo da mãe, a filha impôs a condição de que só treinaria e entraria em competições se a mãe fosse junto com ela.
“Então eu aceitei, comprei um cavalo e assessórios e voltei a treinar o laço para acompanhar Tuanne nos torneios”, conta Marilise Michelini, mãe da menina.
Além de competir, Tuanne também trabalha com adestramento de cavalos junto de sua mãe, treinando-os para competições esportivas ou simplesmente para serem dóceis animais de estimação dos seus clientes.