A Ferroeste, empresa que administra as estradas de ferro entre Guarapuava e Cascavel, atingiu números recordes em 2018. Ao longo dos 250 quilômetros da ferrovia, serão transportadas 826 mil toneladas úteis (TUs) até o último dia do ano, representando um crescimento de 15% em relação a 2017.
O faturamento também deu um salto em relação aos números de 2017, com o aumento de 16% previsto para o fechamento deste ano, representando R$ 20,3 milhões. De acordo com o diretor-presidente da Ferroeste, Ricardo Soares Martins, para 2019, a projeção de receita é de R$ 24,7 milhões.
Os recordes também refletiram no fluxo de exportações da empresa, com a maior quantidade anual de exportações da história da Ferroeste, com 389 mil TUs. Segundo o diretor, o aumento nesse ponto se deu principalmente pela grande quantidade de soja transportada, caracterizando um número atípico para esta época do ano.
Além de grãos, como milho e trigo, farelos e contêineres são levados pelos trens da empresa até o Porto de Paranaguá. Em relação às importações, a ferrovia transporta principalmente insumos agrícolas, adubo, fertilizante, cimento e combustíveis.
No início de dezembro, a ferrovia passou a ser uma empresa dependente do Governo do Estado. Conforme Martins, com a inclusão na verba orçamentária estadual, a Ferroeste poderá investir mais na infraestrutura, como reforma ou aquisição de novas locomotivas.
PLANEJAMENTO
A companhia já possui um plano estratégico para os próximos cinco anos de investimentos nas ferrovias, a partir de 2019, que já têm uma verba de mais R$ 4 milhões programada. De acordo com o diretor da Ferroeste, em 2021, a empresa trabalha a possibilidade de implantação de mil novos quilômetros de trilhos, ligando Dourados, no Mato Grosso do Sul, aos portos do litoral paranaense, já incluindo a revitalização do trecho já operado no Paraná neste projeto.