Da redação – Uma decisão do ministro José Antonio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), vai colocar em liberdade o ex-diretor geral da Assembleia Legislativa do Paraná, Abib Miguel, o Bibinho. Daor de Oliveira e outros dois ex-diretores da Casa: José Ary Nassiff (administrativo) e Cláudio Marques da Silva (de pessoal) também foram beneficiados.
Até as 19h40 desta quinta-feira (10), Abib ainda não havia deixado o quartel do Comando Geral da Polícia Militar, no Centro de Curitiba, onde estava detido.
De acordo com o jornal Gazeta do Povo, uma liminar, obtida pela defesa de Bibinho, suspendeu as investigações abertas pelo Ministério Público do Paraná na área criminal para apurar as irregularidades dentro da Assembleia , mostradas pela Gazeta do Povo e pela RPC TV na série de reportagens “Diários Secretos”. Além disso, também suspende a tramitação da ação penal contra os três ex-diretores da Assembleia que haviam sido denunciados por formação de quadrilha, desvio de dinheiro público, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. No entanto, Marques da Silva (ex-diretor de pessoal) pode não ser solto, pois, além desses crimes, ele respondia por porte ilegal de arma de fogo.
O argumento do advogado de Bibinho, José Roberto Batochio, e que foi acatado pelo juiz dá conta de que as investigações dos “Diários Secretos” não poderiam ser realizadas pelo MP estadual, pois o caso seria um desdobramento do chamado Esquema Gafanhoto, que veio a público em 2008 e foi apurado pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal. Segundo a GP, os dois esquemas envolvem desvio de dinheiro público dos cofres da Assembleia. Como o Caso Gafanhoto envolve deputados federais, a competência de investigação e julgamento é do STF. O Supremo já tem um inquérito aberto para investigar este caso.