A temporada de férias acabou e ele pegou o violão, as filhas Johanna e Marina, e seguiu viagem, deixando, mais uma vez, o rastro da saudade. A distância entre a espanhola Madri e a brasileira Guarapuava é longa. Só para se ter uma ideia, são 8.394 km em linha reta entre a capital espanhola e a metrópole nacional São Paulo, o equivalente a 10h30 de voo, a 800 km/h de velocidade aérea. Mas é lá que o guarapuavano Davi Tavares mora desde 1987.
Chances de curtir férias em qualquer lugar do mundo ele tem. Mas a escolha sempre cai sobre a sua cidade natal. É aqui que vive a sua mãe, a Dona Maria, os irmãos Mara Rúbia e Paulo. Danilo mora em Curitiba.
“Guarapuava é o meu berço. Aqui tenho parte da minha família e a maioria dos meus amigos. Me sinto em casa. Guarapuava e Porto Belo são meus quartéis generais”, disse ele ao REDE+, parada obrigatória do músico que alçou voos no cenário cultural estrangeiro. Não podendo faltar também um almoço na chácara Morada da Lua. Mas como a música está no seu DNA, Davizinho – como o tratam os mais íntimos – aproveitou a sua estadia no Paraná e em Curitiba iniciou a gravação de um novo CD.
“É um trabalho autoral misturado com música popular brasileira, mesclando o ritmo Brasil com o flamenco”. De acordo com Davi Tavares, uma banda lhe dá apoio no CD que terá oito músicas.
Já em solo espanhol, Davi Tavares fará os últimos preparativos para a turnê com o saxofonista cubano Paquito de Ribera, considerado um dos maiores do mundo. “Vamos a Londres, Suíça, Alemanha e outros países europeus, com clássicos espanhóis”.
Além dessa parceria com o cubano, o guarapuavano já tem a sua carreira musical marcada por participações em shows de Gilberto Gil, Jorge Ben Jor, Wagner Tiso, Naná Vasconcelos, Maria Creuza, entre outros artistas nacionais de internacionais.
“Me sinto realizado e já poderia morrer satisfeito”.