As rodovias federais da região de Guarapuava fecharam o ano com redução do número de acidentes de trânsito. De acordo com balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF), houve uma queda de 20% no número total, diminuindo de 227 ocorrências em 2017, para 183 em 2018.
Com relação ao número de mortos e feridos em rodovias federais desta região, no entanto, os números cresceram. Ainda segundo o balanço da PRF, 13 pessoas morreram em 2017 e 213 ficaram feridas. Em 2018, o número saltou para 24 mortos e 276 feridos em acidentes de trânsito.
Para o policial rodoviário federal Vinicius de Andrade Vieira, contribuíram para o aumento deste número na circunscrição do posto Guará, alguns acidentes específicos, ambos ocorridos em Candói. Um deles, registrado em maio de 2018, na BR-373, envolveu um ônibus e dois automóveis. No total, oito pessoas morreram no local, uma nona vítima morreu a caminho do atendimento hospitalar e outras 30 pessoas ficaram feridas.
Além disso, outro acidente gravíssimo, também em Candói, ocorreu no início de dezembro, quando quatro pessoas morreram na BR-373 após a colisão entre dois automóveis. Já no hospital, outras duas pessoas entraram em óbito.
PARANÁ
No Estado, o balanço emitido pela PRF apontou a queda de 20% das mortes nas rodovias federais em 2018. O total de mortes caiu de 613 em 2017, para 490 no ano passado. O número é o mais baixo desde o início da série histórica, em 2010. Pela primeira vez nos últimos nove anos, o patamar de mortes ficou abaixo de 500.
Ainda conforme os dados da PRF, o total de pessoas feridas passou de 9.461 para 8.108, obtendo uma redução de 13,5%. E o de acidentes atendidos pela PRF no estado caiu 26,6%, de 10,6 mil para 7,8 mil.
Até então, o ano menos violento havia sido o de 2015, quando 583 mortes foram contabilizadas. O pico de vítimas mortas ocorreu em 2012, com 855 registros.
Segundo a análise realizada pela equipe dos policiais rodoviários federais, no Paraná, as principais causas dos acidentes que resultaram em vítimas mortas no ano passado foram falta de atenção do condutor (25,7% das mortes), falta de atenção do pedestre (17,8%), velocidade incompatível (15,5%), desobediência às normas de trânsito (15,5%), ingestão de álcool (4,9%), e ultrapassagem indevida (3,1%).
As colisões frontais responderam por 27,3% das mortes, seguidas pelos atropelamentos (24,5%). Juntos, esses dois tipos de acidente representaram, portanto, mais da metade dos óbitos registrados.
Duas a cada três mortes ocorreram no período noturno, durante o amanhecer ou anoitecer. A maioria das mortes ocorreu em situação de pista seca (87,1%) e em trechos de reta (72,9%). Os trechos de pista simples concentraram 56,7% das mortes. Condutores ou garupas de motocicletas foram 17,4% das vítimas; ciclistas, 6,8%.
A cada cinco mortos, quatro eram homens. Crianças de zero a 11 anos de idade foram 2,5% das vítimas mortas, adolescentes, foram 3% e idosos com mais de 60 anos, 13,9%.