Um homem de 35 anos teve a causa de sua morte confirmada por leptospirose, doença infecciosa transmitida a humanos pela urina de animais infectados, principalmente por ocasião de enchentes. A informação é do Hospital Santa Tereza, que fez o atendimento médico do paciente e teve a confirmação da doença após exames laboratoriais. Outros quatro casos suspeitos no município aguardam os resultados, segundo a chefe da Divisão de Epidemiologia da Secretaria de Saúde, Chayane Andrade.
De acordo com a instituição hospitalar, o homem era morador da vila Cascavel e foi internado pelo Hospital em 4 de janeiro. Em atendimento, ele relatou ter entrado em contato com água da chuva que inundou a residência durante um temporal na cidade. Após 15 dias, segundo o relato, ele apresentou calafrios, dor de cabeça e vômito. Cinco dias depois do início dos sintomas, o homem procurou assistência médica, quando já apresentava sintomas graves da doença, como coloração amarelada da pele e olhos, diminuição do volume de urina, febre e momentos de confusão mental.
Segundo a enfermeira responsável pelo setor de controle de infecções e vigilância epidemiológica do Hospital, Ana Cláudia Gomes de Assis, este foi o primeiro caso confirmado da doença em 2019, atendido pela instituição. Em 2018, não houve nenhum registro confirmado pelo Santa Tereza. Para a enfermeira, é preciso que a população fique atenta neste período do ano, com maior incidência de chuvas e ocorrência de alagamentos.
Nossa orientação é evitar o contato com a água da chuva, pois é uma fonte de contaminação. Neste caso, como houve a confirmação do registro da doença, significa que há animais infectados na região, por isso, o alerta. Caso haja o contato, é preciso atenção aos sintomas.
Vale destacar que, na área urbana, os ratos infectados são os principais transmissores da doença. Por apresentar indicativos comuns, os sintomas são associados, muitas vezes, com viroses. Ainda segundo Ana Cláudia, “é possível que a ocorrência de febre repentina, vômito, dor de cabeça e no corpo apareçam em até 30 dias após a exposição”.