Uma nova tentativa de fuga da Cadeia Pública de Guarapuava, na madrugada desta terça feira (12), mostra mais uma vez, a necessidade de medidas emergenciais na segurança que também envolve o setor administrativo da 14ª Subdivisão Policial.
De acordo com a Polícia Militar, por volta das 4 horas da manhã soou o alarme indicador de fuga, acionado pelos agentes carcerários de plantão. Um investigador da Polícia Civil e um dos agentes subiram no telhado e flagraram dois presos já fora da galeria, no solário. Eles saíram pelo mesmo buraco aberto na parede da Galeria B, por onde no dia 3 de fevereiro outros 12 já tinham fugido. Os dois presos que tentaram a fuga foram recolhidos e encontram-se na cadeia.
Com uma fuga e outra tentativa registradas em menos de nove dias, a cadeia de Guarapuava se transformou, há muito tempo num estopim. Com superlotação, abrigando mais de 400 presos num local construído para ocupar 166 pessoas. A apreensão de explosivos encontrados com um jovem em Foz do Jordão, cujo objetivo segundo denúncias feitas à polícia, seria explodir o muro e provocar uma fuga em massa, revela que o local precisa ser desativado com urgência.
Para isso, porém, é necessária a construção da Casa de Custódia, cuja estrutura abrigará presos provisórios – que seria a função da atual cadeia – ou seja, que aguardam julgamento e também os condenados em início de cumprimento de pena. O prazo máximo de permanência é até 90 dias, quando serão encaminhados a uma penitenciária.
Em Guarapuava, já existe a área e a autorização da ex-governadora Cida Borghetti (PP), faltando apenas os recursos e a conclusão do repasse da escritura do município para o Estado. A retirada de presos provisórios das delegacias, como é o caso de Guarapuava, é um dos compromissos assumidos pelo governador Carlos Massa Ratinho Júnior durante a campanha eleitoral. Nesta semana a deputada Cristina Silvestri (PPS) deverá se reunir com o secretário da Segurança Pública do Paraná, General Luiz Carbonell, para pedir urgência na liberação da obra.