Depois que o PT não cedeu, Osmar faz exigências a Pessuti

Da redação(com GP) – Após o impasse com o PT e a exigência de ter Gleisi Hofmann como candidata a vice, o que não foi aceita, o senador Osmar Dias (PDT) agora pressiona o governador Orlando Pessuti a desstir da sua pré-candidatura para apoiá-lo. Se isso não ocorrer avisa: sela aliança com o PSDB de Beto Richa. O senador está conversando com Pessuti há tempos e nova rodada aconteceu na terça-feira e ontem, quarta-feira (16). Fontes ligadas ao governador e em contato com a Rede Sul de Notíticas garantem que a conversa de terça-feira foi demorada. Ontem durou cerca de 30 minutos e foi por telefone. Nenhum dos dois pré-candidatos, porém, confirmam o acordo. Pessuti assume que as conversas entre ambos estão acontecendo. "Estivemos juntos pessoalmente na terça. Conversamos hoje (ontem) por telefone , mas minha candidatura está de pé”, garante o Pessutão "vellho de guerra".
O que pode ser um indício de que o governador não vai desistir mesmo da sua intenção de continuar concorrendo ao cargo que ora ocupa pode ser interpretado na afirmação do próprio senador.“O Pessuti continua candidato e eu não vou ser homem de dividir palanque”, afirmou Osmar, numa referência ao apoio à pré-candidata à presidência, Dilma Rousseff (PT). Colocar num mesmo palanque representantes da bancada ruralista (a qual Osmar Dias pertence) e o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra, arqui-inimigos políticos, é como tentar misturar água e azeite: não mistura.
Mas uma coisa é certa: Se Osmar Dias e Pessuti estão conversando, o mesmo acontece com o PSDB e o PDT. E as conversas estão adiantadas ao ponto do deputado Valdir Rossoni, que preside o PSDB no Paraná, ir à imprensa durante a semana e dar como certa aliança entre tucanos e pedetistas.“Se já existisse acordo, o Osmar não teria conversado com o Pessuti como conversou ontem (terça-feira)”, disse Waldir Pugliesi, presidente do Diretório Estadual do PMDB.
Pugliesi é um dos principais defensores da candidatura própria do PMDB, mas disse que as conversas entre o partido, o PT e o PDT estão sendo bem conduzidas. ando, é claro que podemos chegar a outras posições”, declarou. “Em uma conversa, todas as hipóteses são colocadas. Temos o Pessuti como candidato. Mas, conversando, é claro que podemos chegar a outras posições”, declarou. “As coisas não estão fechadas para nenhum dos lados. Tudo vai ficar para a 25.ª hora,” disse.
O anúncio da decisão de Osmar Dias,entretanto, está sendo aguardado para os próximos dias e pode acontecer a qualquer momento, mas antes, Osmar garante que vai ouvir os companheiros do PDT. Vale lembrar que muitos defendem a aliança com o PSDB, ao lado de aliados tradicionais como o presidente do DEM no Paraná, deputado Abelardo Lupion, e do próprio pré-candidato à presidente pelo PSDB, José Serra, que classifica Osmar como um “amigo pessoal”.