A APP-Sindicato faz nesta terça (19) um ato público contra a redução da jornada da hora-atividade dos professores e o aumento da jornada de trabalho dos pedagogos e readaptados. A mobilização começa às 10h da manhã, em frente ao Palácio Iguaçu, em Curitiba.
De acordo com a presidente regional em Guarapuava, a professora e vereadora Terezinha Daiprai (PT), uma professora de Pitanga representa a categoria de Guarapuava e região. “Por ser dia de semana e ter aulas, apenas uma professora da nossa região está em Curitiba nos representando”, disse ao Portal RSN.
Segundo a APP-Sindicato, a direção também solicitou uma reunião com o governador, Ratinho Júnior (PSD) para tratar da pauta emergencial da categoria. No período da tarde os professores vão acompanhar a reunião ordinária na Assembleia Legislativa e cobrar dos deputados, apoio para as demandas da Educação.
Com os salários congelados, sem a reposição da inflação, há mais de três anos, os professores paranaenses acumulam mais 16% de defasagem na remuneração e também estão sendo submetidos há ampliação da jornada de trabalho, medidas criadas por expedientes considerados ilegais pelo Sindicato.
Segundo a APP-Sindicato, a legislação estadual estabelece que a jornada do professor é atribuída em horas-aula (50 minutos). Para um profissional com padrão de 20 horas semanais, por exemplo, são 13 horas-aula em sala e sete de hora-atividade, tempo destinado ao estudo, planejamento e correção de atividades dos estudantes.
Desde 2017, o governo se utilizou de uma resolução para modificar o entendimento da lei e reduzir o período de hora-atividade na escola para cinco horas-aula, e aumentar o tempo em sala sala para 15 horas-aula.
“Neste ano, a mira do governo atingiu também os pedagogos e professores readaptados. Através do mesmo expediente, uma resolução, o critério para cumprimento da jornada desses profissionais foi alterado, ampliando sua carga horária semana”.
Para o Sindicato, as medidas são ilegais, sobrecarregam os trabalhadores e, por consequência, aumentam os casos de doença na categoria.
“A não superação desses pontos através do diálogo tem levado a judicialização das pautas. A situação poderá resultar na condenação do Estado e ao pagamento indenização aos professores”.