22/08/2023
Política

Prefeitura volta atrás, de novo, e agora diz que licitação é preventiva

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Após a polêmica criada pela quebra dos contratos em vigor com as empresas licitadas para o transporte escolar e a abertura de novo pregão eletrônico a Prefeitura volta atrás e diz que nenhum contrato foi cancelado e que a licitação aberta foi apenas uma prevenção. Porém, se contradiz ao assumir que houve falta de planejamento financeiro na licitação uma vez que o valor que está sendo pago atualmente para a prestação de serviço “estourou o orçamento e não chega ao final do ano”. De acordo com a secretária municipal de Educação, professora Dorotil Casagrande Melhem, estão sendo pagos mais do que R$ 800 mil por mês ao setor. O dinheiro está dentro dos 40% do Fundeb (Fundo de Desenvolvimento e Manutenção do Ensino Básico)
A justificativa foi dada pelo diretor do Departamento de Transportes da Prefeitura, Emerson Kluber durante reunião na manhã desta sexta-feira (25) com uma comissão composta por 8 transportadores. Para evitar o desemprego já que a maioria dos transportadores comprou carro financiado para prestar o serviço e tem compromisso financeiro, a comissão apresentou uma contraproposta à quebra do contrato em vigor: a redução nos valores dos atuais contratos de até 12% para as Vans e de até 20% para os ônibus. Guarapuava possui hoje mais de  300 linhas do transporte escolar. Para tentar acalmar os ânimos dos trasportadores a Prefeietura disse que num acordo haverá a possibilidade dos contratos valerem até 2011. A resposta sobre a decisão de Carli será dada apenas na próxima terça-feira (29) em outra reunião. O repasse dessas informações à categoria aconteceu em reunião subsequente na Câmara de Vereadores (foto) com o democrata Gilson Amaral no comando.
Os contratos assinados pelo prefeito Fernando Ribas Carli no início deste ano foram declarados inválidos no início desta semana e simultaneamente novo pregão eletrônico foi aberto. O edital prevê redução nos valores pagos por quilometragem, além do aumento do percurso das atuais linhas. A atitude do prefeito tem outra consequência e que é prejudicial aos alunos, principalmente dos colégios estaduais. Carli determinou a antecipação das férias escolares do dia 16 d ejulho para este dia 30 de junho (quarta-feira). O Estado manteve a data incial prevista em acordo com o Estado. Assim sendo, os estudantes, principalmente, do interior não terão como ir à escola, perdendo conteúdo e levando faltas.
A pedido do Sindicato dos Funcionários Públicos e Professores Municipais (Sisppmug), o Ministério Público determinou em liminar que a Prefeitura mantenha a data original (16 de julho) para o início das férias.

Foto de: Nagel Coelho/RedeSul

Cristina Esteche

Jornalista

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