22/08/2023
Cotidiano

Pinhão : Dirigentes pedem atenção do Executivo

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Pinhão – Presidentes e representantes de associações de bairros se reuniram no último dia 18 para discutir os problemas de cada comunidade. O encontro foi organizado pelo Fórum das Associações na Câmara de Vereadores de Pinhão.
Estiveram presentes, Dirceu Branco de Camargo da Vila Caldas, o tesoureiro do São Cristóvão Doneles de Camargo e o presidente Raul da Silva, Aldo Amaral do Bairro Nossa Senhora Aparecida, Ricardo Henrique do Araucária, o secretário da Invernadinha, Everton Augusto Pianoski, Laertes de Oliveira do Azaléia e o presidente do Fórum, Lindomar do Nascimento.
A principal reclamação dos dirigentes das associações foi o descaso do Executivo com as associações de bairros. “A impressão que temos é que a prefeitura nem liga para as nossas reclamações. Muitas vezes nos sentimos um zero à esquerda”, disse Aldo Amaral, presidente da Associação do Bairro Nossa Senhora Aparecida. Ricardo Henrique, do Bairro Araucária, enfatizou que muitos ofícios encaminhados ao executivo não tem retorno algum. “Eles não respondem nada, nem sim, nem não, isso desmotiva bastante o pessoal”, disse.
O Bairro Araucária, segundo Ricardo é bem estruturado. “São poucas as nossas necessidades, uns pedaços de calçamento, rede de esgoto, um espaço para esportes e já pedimos várias vezes para construir uma rotatória na esquina da rádio comunitária, mas por enquanto não tivemos nenhum retorno”, comenta. 
Aldo reclama que não foi atendido no pedido da construção de uma lombada, próximo à Escola Professora Eroni. “O tráfego ali ficou intenso, depois da construção da escola. Eles vão esperar acontecer algum acidente, para depois tomar uma providencia?”, questiona. Ele também ressalta que falta rede de esgoto e diálogo com os moradores do bairro. “As associações são esquecidas, postas de lado, nos sentimos desvalorizados com esse tratamento”, enfatizou.
No Bairro São Cristóvão, um dos maiores problemas é a falta de iluminação pública e diversos lotes abandonados e cobertos pelo mato. “Temos vários problemas, lugares sem iluminação que são aproveitados pela bandidagem, terrenos abandonados e sujos e quando seca a vegetação, ainda tem um pessoal que coloca fogo”, reclama o presidente Raul da Silva. Segundo ele, a Rua Santa Rita é a mais prejudicada na iluminação. Raul também reclama que há muitos cachorros soltos pelas ruas. “É demais, o executivo devia tomar uma atitude”, salienta. Até o Correio já suspendeu a entrega no bairro, depois que o entregador foi atacado diversas vezes pelos cachorros. Outra reclamação é a rede de esgoto. “Como não temos esgoto, muitas casas, soltam na rua a água do chuveiro, do tanque, da pia, vira uma lama, além de ter um cheiro horrível”, conta.
Um dos bairros que mais necessitam de estruturação é o Bairro Invernadinha. “Além do problema da luz, que todos já conhecem, lá precisam de tudo. Não temos rede de esgoto, escola, creche, quadra de esporte, e agora até a instalação da água só será possível depois que o loteamento for regularizado”, conta o secretário Everton.
A regularização fundiária é um problema geral em todos os bairros. “Em todo o município existem muitos terrenos sem documentação, o que dificulta a comercialização e também novos investimentos”, disse Lindomar.
A principal reivindicação na Vila Caldas é o calçamento da Rua Expedicionário Amarilio que liga a Vila ao Centro. “Queremos que o calçamento seja feito até o fim do Colina Verde. Já sei que o dinheiro para isso já foi liberado pelos vereadores, mas até agora nada, e isso nós vamos cobrar, pois foi uma promessa do prefeito”, disse Dirceu.
Ele também reclama da má administração do Parque Industrial. “Temos um bom parque industrial, mas falta administração, tem gente que ganhou o terreno e não montou nenhuma indústria, construiu casa e se acha dono do terreno, isso é um absurdo. Já fui reclamar na prefeitura, mas o pessoal não faz nada. Aqueles terrenos devem ser doados para quem quer gerar emprego para a nossa população”, disse Dirceu, indignado com a situação.
Lindomar, presidente do Fórum, informou que existem 13 associações em Pinhão, mas que somente 8 estão ativas. “O Fórum surgiu para fortalecer as associações, muitos dos problemas são parecidos e queremos somar forças”, disse. Ricardo enfatizou que os moradores têm que aprender a agir. “Não podemos ficar de braços cruzados esperando que o poder público faça as coisas, temos que aprender a reivindicar e a cobrar nossos direitos”, finalizou.

Cristina Esteche

Jornalista

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