Policiais civis, agentes penitenciários e professores de Guarapuava aderiram à paralisação do funcionalismo público estadual, nesta segunda (29). Pautados pelos quatro anos do “29 de abril”, dia em que funcionários foram atingidos pela violência de tiros e bombas no Centro Cívico quando protestavam contra a extinção da Paranáprevidência, entre outros direitos. Era o governo de Beto Richa. Segundo a APP-Sindicato, mais de 400 pessoas ficaram feridas.
Na paralisação desta segunda, na qual o servidor público também reivindica melhorias salariais, a Polícia Civil cruzou os braços, mantendo apenas o plantão na 14ª Subdivisão Policial. Na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG), o trabalho segue normal e a paralisação envolve apenas os agentes que estiverem de folga, segundo informou o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) ao Portal RSN.
Segundo o sindicato da categoria, os policiais estão sem reposição salarial, de acordo com o índice inflacionário, desde 2016. “Somos em cerca de 40 policiais em Guarapuava”, disse um deles ao Portal RSN.
O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) disse que na sexta (26) uma decisão liminar da Justiça impediu a participação da categoria na paralisação. A decisão impõe multa de R$ 50 mil ao sindicato caso a categoria faça a paralisação.
Nas escolas estaduais, de acordo com o Núcleo Regional de Educação (NRE), com sede em Guarapuava, as aulas acontecem normalmente na cidade, no interior e nos outros cinco municípios de abrangência regional. “Apenas alguns professores aderiram ao movimento”, disse uma das funcionárias.
Segundo a APP-Sindicato, um ônibus lotado saiu de Guarapuava para a mobilização em Curitiba. Da região, a maior participação é de Pitanga com 18 professores.