* Reportagem com áudio.
O reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ricardo Fonseca, foi claro: a universidade vai fechar no segundo semestre se o corte de verba aplicado pelo Governo Federal ao repasse feito às instituições federais de ensino continuar nos próximos meses.
No começo deste mês, o Ministério da Educação reduziu 30% do recurso enviado às 63 universidades e aos 38 institutos federais do País, o que equivale a R$1,7 bilhão a menos nos orçamentos anuais. Aqui no estado, o total dos cortes chega a 120 milhões.
Além da UFPR, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná, a Universidade Federal da Integração Latino-Americana e o Instituto Federal do Paraná, que atendem mais de 100 mil alunos, também tiveram seus créditos orçamentários diminuídos. O governo federal usa o termo “contingenciamento” quando se refere ao corte, mas para o reitor, isso não passa de uma “fake News” usada para segurar o impacto negativo da medida perante a população.
A explanação do reitor da UFPR na tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná, na tarde desta segunda-feira, dia 20, foi acompanhada por apoiadores, como o presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão.
Para o presidente da Casa, Ademar Traiano, a Assembleia é um espaço democrático onde todos os assuntos devem, obrigatoriamente, ser discutidos.
O debate sobre o corte de verbas da educação federal foi proposto pelos deputados Professor Lemos (PT) e o primeiro-secretário Luiz Claudio Romanelli (PSB). Depois da explicação sobre as dificuldades que as instituições federais de ensino enfrentam, o parlamentar Professor Lemos confirmou que um requerimento, já assinado por 27 deputados e aprovado no fim da sessão plenária, e que pede a suspensão do corte, vai ser enviado ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) e ao MEC.
*Por Bárbara Passos/Agência Alep