22/08/2023
Política

Servidores, neste momento, exigem apresentação de números

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Procurador ficou de receber o Sindicato em reunião marcada para as 15 horas de hoje
 
Foi marcada uma reunião para agora (às 15 horas), onde o procurador geral do município de Guarapuava, o advogado Luciano Alves Batista, ficou de apresentar aos servidores públicos de Guarapuava números que comprovem o por que da não reposição salarial dos funcionários há quatro anos, que acumulam uma perda de 40%. “Vamos todos para frente da Prefeitura e a comissão, formada por cinco pessoas, espera ser recebida. E que eles venham com números, porque ontem não tinham nada”, avisa a presidente do Sindicato dos Servidores Funcionários Públicos e Professores Municipais (Sisppmug), Clair Simões Rodrigues (foto).
A reunião foi marcada pelo procurador, que ficou de conversar com a contadora geral do município, Clara Schadeck, e a secretária de Administração, Ana Paula Silva Polli Ferreira, para tentar convencer que estão no limite prudencial da folha de pagamento.
De acordo com a presidente do Sisppmug, acabaram de receber os índices do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) que comprovam que Guarapuava não esta comprometendo nem 40% do seu orçamento com a folha de pagamento. “O limite prudencial aproxima-se de 52% e comprometem hoje um pouco mais de 38%, não chegando nem a 40% dos gastos. Os números que temos foram fornecidos pela própria contabilidade do município. Isto é muito sério, são índices que repassam ao Tribunal de Contas”, explica.
Momentos antes da reunião de hoje, Clair Simões Rodrigues esteve reunida para analisar todos os números do município novamente. Vendo quantos funcionários da Saúde saíram de Guarapuava do início do ano até agora. Analisando quantos professores pediram exoneração, devido ao salário muito baixo. “Até o mês de maio temos mais de 45 professores que pediram a conta, como também pessoas da Saúde. Estamos fazendo este cálculo para ver quantos funcionários saíram. Se foram mais de 100 ou 150, porque a folha com gasto de pessoal esta oscilando”, observa.
Ontem (terça-feira, 6), os funcionários públicos municipais aderiram ao protesto reivindicando a reposição salarial e foram para a Prefeitura. Foi um dia de paralisação em Guarapuava. Foram recebidos pelo procurador geral e pelo assessor do prefeito, José Campos Filho, o Zizinho. “Não nos apresentaram nada. Nós é que levamos os números. Eles apenas repetem a fala do prefeito Fernando Ribas Carli desde 2007. Aliás, nunca conseguimos falar com o prefeito, de 2007 para cá ele fechou as portas definitivamente. Em 2006 foi a única vez que ele sentou e negociou com a antiga gestão do Sindicato”, conta.
 
Texto e foto: Andréa A. Alves

Cristina Esteche

Jornalista

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