Foram duas horas e meia de reunião entre o secretário municipal de Administração, Adilson Santarém, e a Comissão de Greve, no município de Pinhão. O prefeito Odir Gotardo cumpre agenda em Curitiba.
O encontro chamado pela administração municipal teve avanços nas negociações, porém, o entrave continua sendo o reajuste, motivo que desencadeou a paralisação de cerca de 400 servidores municipais, desde a sexta (31).
De acordo com a Assessoria de Comunicação do Município, ficou acordado que os servidores deverão repor os dias paralisados, caso não o façam será descontado. Além disso, será composta uma comissão bilateral para debater o pagamento de horas extras. O Sindicato entende que há horas que não necessitam ser feitas. “Entretanto, o controle já existe com a implantação do relógio-ponto”.
Outra exigência do Sindicato foi de que as reposições de serviços de alguns setores paralisados seja feitas gradativamente até dezembro, como é o caso, por exemplo, da saúde e educação. Mas o impasse continua sendo o prazo de reposição salarial. A administração municipal entende que esse é um direito do funcionalismo, porém condiciona à recuperação da certidão negativa, que impede a assinatura de convênios.
Um deles é de R$ 4 milhões para pavimentação e calçamento de ruas da sede, iluminação pública com substituição das atuais lâmpadas para led e compra de implementos agrícolas. Para isso é necessário baixar o valor da folha que hoje consome cerca de 54,045% da arrecadação municipal, acima do índice exigido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
O Sindicato não aceitou e quer que haja essa reposição quando o índice baixar, independente do percentual. A comissão de greve coloca na mesa a exoneração de comissionados nomeados recentemente. A administração diz que foram reposições de vagas e que não impactaram na folha.
Segundo a Assessoria de Comunicação da prefeitura, os grevistas farão uma assembleia e nova reunião está marcada para às 8h desta quarta (5), com a presença do prefeito.