22/08/2023
Saúde

Problemas na cidade com a venda de medicamentos da Farmácia Popular

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Trajano e 3000 estão sem conexão; Preço Popular ainda não tem cadastro
 
A REDE SUL DE NOTÍCIAS recebeu e-mail de uma leitora avisando que está tendo dificuldade para adquirir em Guarapuava remédios da Farmácia Popular. Sandra Padevi pediu para averiguarmos a situação: “Bom dia, gostaria que vocês pudessem averiguar o que está acontecendo com as Farmácia Popular. As que têm placa não existe mais popular. Ta fazendo muita falta para nós que precisamos de remédio todo mês. Obrigada”.
Desde 2004, o Governo Federal criou o Programa Farmácia Popular do Brasil, com o objetivo de levar medicamentos essenciais a um baixo custo para a população. Contam, atualmente, com um elenco de mais de 100 medicamentos mais o preservativo masculino, os quais são dispensados pelo seu valor de custo representando uma redução de até 90% do valor comparando-se com farmácias e drogarias privadas.
O Governo paga uma parte do valor dos medicamentos e o cidadão paga o restante. O valor pago pelo Governo é fixo. Por esse motivo, o cidadão pode pagar menos para alguns medicamentos do que para outros, de acordo com a marca e o preço praticado pela farmácia. Mas, em geral, a população pode pagar até um décimo do preço de mercado do medicamento. Para ter acesso, basta que a pessoa procure uma drogaria com a marca “Aqui tem Farmácia Popular” e apresente a receita médica acompanhada do seu CPF e documento com foto. Atualmente, o sistema trabalha com medicamentos para hipertensão, diabetes e anticoncepcionais.
Através da lista de página do Governo, conseguimos todos os nomes das farmácias em Guarapuava, com endereços e telefones e encontramos em contato com cada uma. Algumas não atendem mais no telefone divulgado. Conseguimos contato com a Rede Trajano, Farmácias 3000, Farmácia DalPozzo, Farma Nossa e Farmácia Preço Popular.
A farmacêutica responsável pela Farmácia Preço Popular explicou que devido a recente troca de proprietário, o estabelecimento comercial ainda não está cadastrado na Farmácia Popular.
Antonio Marcos Grube, gerente da Trajano Terminal, explicou que a Rede Trajano está há um mês com problemas na conexão e não está conseguindo comercializar os medicamentos. “Foi enviada nova documentação para recadastro e estamos aguardando a resposta. A qualquer momento devemos voltar a vender”, explicou. De acordo com Grube, a procura é grande pelos medicamentos, devido o preço ser benéfico. Como o Governo paga até 90% do valor, para as pessoas manterem seus tratamentos, uma caixa de Sinvastatina (para colesterol e que recentemente entrou na lista), por exemplo, que pode custar R$ 34, dependendo do laboratório pode ser adquirido por R$ 1,78.
O mesmo problema está acontecendo na Rede 3000. De acordo com o farmacêutico responsável, Nivalnei Keler Nunes dos Reis, conseguiram vender os medicamentos da listagem da Farmácia Popular até a última sexta-feira (9). “Estamos em processo de renovação de cadastro. Sempre nesta época as farmácias enviam nova documentação. Agora estamos no aguardo, mas acredito que até o final de semana tudo volte ao normal”, afirmou.
Já as farmácias DalPozzo e Farma Nossa estão conseguindo vender normalmente. Segundo informações da farmacêutica Eliane da Silva Araújo, da Farmácia Dalpozzo, no momento não estão conseguindo passar três medicamentos de uma vez só, mas é só passar no caixa um a um. “Há um dois meses o único problema acontece na venda do Capitopril e do Atenolol 25, ambos para pressão alta. Mas é só passar no caixa um a um que a venda é garantida. Mas já pedi para a Contabilidade entrar em contato e resolver isto”, frisou. Segundo Eliane, pode acontecer também do sistema cair. “Às vezes o sistema fica fora do ar, mas por alguns minutinhos. Mas o cliente nem precisa voltar outro horário, espera um pouquinho e logo consegue levar seus remédios”, garantiu.
A Farma Nossa, que inaugurou sua loja hoje, informou que não encontrou problema algum na venda do medicamento da Farmácia Popular. “Como estamos inaugurando hoje, fizemos apenas uma venda, mas passou direitinho, não tivemos problema”, afirmou.
 
Texto: Andréa A. Alves
Imagem: divulgação

Cristina Esteche

Jornalista

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