O Ministério Público do Paraná voltou a insistir que Luiz Felipe Manvailer continue preso pela morte da esposa, a advogada Tatiane Spitzner. O MP também pediu nessa terça (9) que o suspeito seja julgado em júri popular. O Ministério Público só reforça a sentença pronunciada pela juíza Paola Mancini de Lima, da 2ª Vara Criminal de Guarapuava, de que Manvalier será levado ao Tribunal do Júri.
O réu está preso preventivamente há cerca de um ano na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG). Porém, ainda não há data definida para o júri. Conforme o MP, no documento assinado pelos promotores Pedro Henrique Brazão Papaiz e Dúnia Serpa Rampazzo, a prova técnica apresentada na ação penal é forte e contundente. Além disso, demonstra que Tatiane sofreu esganadura e que o crime foi praticado pelo réu.
Em contrapartida, a defesa de Manvailer argumenta que Tatiane morreu ao cair da sacada do apartamento. O casal morava no quarto andar de um prédio no Centro de Guarapuava. Entretanto, cenas de agressões, seguidas pelo recolhimento do corpo da vítima ao apartamento onde o casal morava foram registradas por câmeras de segurança do prédio.
Manvailer será julgado pelos crimes de homicídio qualificado por motivo fútil, uso de meio cruel e feminicídio. Além disso, pesa sobre ele a acusação de fraude processual por ter tirado o corpo de Tatiane da calçada, após a queda. Ele também limpou vestígios de sangue que estavam no local.
DIA DE COMBATE AO FEMINICÍDIO
No próximo dia 22 de julho será o Dia Estadual de Combate ao feminicídio. Nesse dia a morte de Tatiane completa um ano. Em Guarapuava e demais cidades paranaenses várias ações devem marcar o Dia D. O dia foi criado por lei estadual proposta pela deputada estadual Cristina Silvestri.