A falta da reposição inflacionária ao funcionalismo estadual retirou cerca de R$ 83,6 milhões da economia de Guarapuava. O cálculo tem como referência as datas-bases de janeiro de 2017 a maio de 2019. O estudo feito pelo economista Cid Cordeiro a pedido do Sindicato dos Docentes e Agentes Universitários da Unicentro (Sintesu). Os dados constam no portal da transparência do Governo do Estado.
Conforme o levantamento, em Irati, deixaram de circular R$ 35 milhões no mesmo período. Caso a reposição de 4,94%, prevista para maio de 2019 não seja mesmo executada, esses números aumentarão ainda mais.
Para o presidente do Sintesu, Danny Jessé Falkembach Nascimento, é necessário que sejam feitos estudos como esse para esclarecer a sociedade sobre a importância da data-base. “Os números mostram que, ao não aplicar a reposição da inflação, o Governo age de forma pífia e com visão econômica reduzida”. Segundo Danny, o resultado é o prejuízo econômico.
“O dinheiro é gasto direto na padaria, no mercado, na farmácia e no cabeleireiro, por exemplo. Ou seja, movimenta a economia e retorna ao governo em forma de impostos”.
GUARAPUAVA
Dados apontados pelo estudo refletem os 4.821 servidores públicos estaduais em Guarapuava. São ativos, aposentados e pensionistas. Conforme o Sintesu, a remuneração média dos servidores públicos estaduais do município é de R$ 5.660,33.
Ao todo, esses servidores injetam na economia local mensalmente cerca de R$ 27 milhões, ou R$ 361 milhões ao ano. Considerando que o PIB do município é de pouco mais de R$ 5,2 bilhões, a massa salarial dos servidores representa 16% de toda a renda oriunda do trabalho.
IRATI
Ao todo, os 2.195 servidores públicos que trabalham e moram em Irati, com uma remuneração média de R$ 5.508,23, representam 24% da remuneração formal do município. Como o PIB de Irati é de pouco mais de R$ 1,5 bilhão e a massa salarial dos servidores públicos perfaz quase R$ 160 milhões ao ano (mais de R$ 12 milhões ao mês), vemos a importância da reposição da inflação para a economia do município.