A partir de segunda (12), as aulas voltam à normalidade na Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), sediada em Guarapuava. Com a retomada das atividades pelo Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior da Unicentro (Sintesu), em 17 de julho, a parte administrativa da Universidade já opera integralmente. Entretanto, como a maioria dos professores da Instituição segue as diretrizes da Adunicentro, cerca de até 70%, das aulas estavam paralisadas. Porém, a assembleia na tarde desta quinta (8), decidiu pelo retorno das atividades.
De acordo com a entidade, a Adunicentro disse que encaminhará ofício à reitoria da Instituição, solicitando a readequação do calendário universitário que não chegou a ser suspenso. Para isso, os grevistas devem apresentar um plano de reposição que deverá ser aceito pelos conselhos superiores.
Assim, a Unicentro segue o que já foi decidido por outros 15 sindicatos das duas categorias: professores e técnicos do ensino superior. A Universidade Estadual de Londrina (UEL) e a Universidade Estadual de Maringá (UEM) foram as primeiras a retomar as aulas.
O MOTIVO
A greve que começou em 25 de junho deste ano movimentou as categorias em passeatas, pernoites em barracas em frente ao Palácio Iguaçu e a Assembleia Legislativa do Estado. Sessões na Alep foram marcadas por protestos dos grevistas. Porém, para tentar acordo, o Governo e deputados conversaram com o Fórum das Entidades Sindicais. Essa entidade agrega também representantes de vários segmentos do funcionalismo público. Vários aderiram ao movimento. Entretanto, embora todos com pautas em comum, cada categoria tinha reivindicações específicas. Porém, a reposição salarial imediata de 4,94% era comum a todas.
Contudo, apesar da resistência do movimento às propostas do Governo, a última delas, de pagamento da reposição da inflação em três parcelas, favoreceu negociações. Estas serão pagas entre 2020 e 2022. Assim sendo, outros itens das várias pautas apresentadas também fizeram parte do acordo com o Governo. Assim, o movimento foi acabando aos poucos, restando apenas as universidades em greve.
Entretanto, apesar da suspensão da greve nesta quinta (8), a Adunicentro avisa que a mobilização continua. Desta vez, contra a Lei Geral da Universidades. Apresentada pelo ex-reitor da Unicentro, Aldo Bona, hoje superintendente da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, essa proposta estabelece parâmetros para a gestão de pessoal. Além de repasse de recursos nas universidades estaduais.