22/08/2023
Região Segurança

Operação da PM faz reintegração de posse em Laranjal

A operação da PM conta com a participação de 150 policiais. Atualmente, 160 famílias vivem no local. MST divulgou uma nota de repúdio

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Operação da PM teve início na manhã desta quinta (19) e deve se estender até o fim da tarde (Foto: Ascom/PM)

Aproximadamente 150 policiais participam de uma operação de reintegração de posse em Laranjal. Além disso, a operação da PM conta com 30 viaturas e um ônibus. Policiais de toda a Região atuam na reintegração, sendo 70 do pelotão do Choque e Rotam.

A ação ocorre na Fazenda Prudentina desde as primeiras horas da manhã desta quinta (19). Mais de 160 famílias ocupam o local desde 2016, conforme o MST. De acordo com a Polícia Militar, a ação deve durar até o fim da tarde. De acordo com nota divulgada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a comunidade localizada na Fazenda Prudentina tem de 852,9 hectares.

E é declarada de interesse social para fins de Reforma Agrária. Conforme a nota, a declaração foi feita em decreto presidencial publicado no Diário Oficial em 4 de junho de 2016. “A decisão ocorreu como resultado de vistoria realizada por técnicos do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que classificaram a área como improdutiva”.

Em defesa à não reintegração de posse, o MST afirma ainda que um levantamento feito pela prefeitura do município em junho deste ano mostra resultados expressivos na produção rural.

Além disso, afirmou que “são produzidos 1.200 litros de leite por dia, comercializados para um laticínio da cidade de Palmital. Ao todo são 65 cabeças de gado de corte e para produção de leite, além de 120 suínos e 650 aves. No primeiro semestre de 2019 foram colhidas 7.500 sacas de milho. Em 2018 foram 1.936 sacos de feijão. Os agricultores e agricultoras também produzem mandioca e hortaliças para consumo próprio e comercialização direta com a área urbana de Laranjal”.

REPÚDIO

“O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) pede a permanência das famílias na área e o julgamento de dois recursos de agravos de instrumentos sobre o pedido de reintegração de posse. Um deles sobre a competência do juiz de Palmital para julgar o caso, uma vez que a área foi decretada como de interesse público pelo governo federal. O outro foi ingressado pelas crianças de adolescentes da comunidade, para que não haja despejo até o final do ano letivo.

Embora não tenha havido a regularização formal da área, existe uma solução pela desapropriação indireta, uma vez que as famílias se estruturaram e se enraizaram nestes últimos anos, inclusive com diálogo e apoio do poder público. Esperamos que a decisão do poder público estadual leve como prioridade a defesa da vida e da dignidade dessas famílias, e a continuidade do desenvolvimento local e do próprio estado.”

A Polícia Militar informou que a reintegração ocorre de maneira pacífica.

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Cristina Esteche

Jornalista

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